I'm In Here (Lex/Chloe/Oliver)

Titulo: I'm In Here

Autora:Roberta Clemente
Classificação: NC-17

Nota: Alguns pensamentos na narração são eventos ocorridos na quinta temporada e podem ter erros...perdão. Mas a história se passa pós Finale.

Resumo: Chloe e Oliver sendo acompanhados de perto...muito perto
Prologo 1/? 2/? 3/? 4/? 5/? 6/? 7/?

8/?

-Você ligou para Chloe Sullivan-Queen...


Oliver desliga o celular mais uma vez enquanto atravessava a sala. Já nem saberia mais dizer quantas vezes havia feito aquilo nos últimos dez minutos. Estava tentando falar com Chloe e suas ligações caindo na caixa postal só contribuíam para o seu estado de panico crescente.

-Alguma coisa Impulse? - ele pergunta mais uma vez quando chega até o limite do vidro. 


-Nada, chefe – Bart responde depois de alguns segundos.


-Uma limousine. Ela entrou em uma limousine – Oliver diz impaciente.


-Eu sei. Eu entendi nas primeiras oito vezes que você disse.


-E? - Oliver ignora o comentário, não se importa em ser repetitivo. 


Ver Chloe e Connor serem praticamente arrastados para dentro de um carro qualquer, em rede nacional lhe dava direito de surtar se quisesse.


-Nada. Nenhuma limousine perto da escola ou nas redondezas... E Superman? Ele poderia usar o super ouvido e cobriria mais espaço de cima.


Oliver solta uma risada curta e sem humor. Tentou como louco falar com Clark, mas assim como Chloe, ele não atendia o telefone. Era frustrante demais depender dos outros para fazer o que ele deveria estar fazendo. Proteger sua família.


-Superman deve estar superocupado. Somos nós três – ele responde firmemente.


-OK. Vou continuar – Bart diz com mais animo renovado.


-Obrigado... Cyborg. Me dê boas noticias. Conseguiu imagens da placa do carro? - Oliver espera ansioso. Em poucos minutos colocou Bart e Victor para ajudar.


-Sinto muito Arqueiro. Mas tinha muita gente envolta, não consegui uma imagem limpa... ainda – Victor responde de muito longe.


Oliver leva a mão a cabeça. Bufando ele percorre os cabelos até a nuca tensa. Aquele dia estava se tornando um pesadelo. 


-Certo. Continue, mas rápido, nós podemos não ter muito tempo antes que esse carro suma levando os dois – Oliver sente o panico crescer e não consegue mais ficar ali sem fazer mais que liderar os outros.


Ele corre até a parede onde ficava sua roupa e arco. Ele escuta a porta se abrir e fecha os olhos ainda mais impaciente. O que menos queria  naquele momento era parar para dar explicações ou ordens a sua secretária, que o olhou com pena quando viu as noticias. As pessoas pareciam estar surtando a elas.


Oliver ergue o olhar, pronto para mandá-la embora para casa quando vê Chloe entrar levando Connor pela mão. Surpreso ele prende o ar por um segundo, antes de soltá-lo, completamente aliviado.


-Impulse e Cyborg, podem parar com as buscas.  Watchtower está aqui com o pequeno pacote – Oliver desliga o comunicador e o joga em cima da mesa.


-Papai – Connor finalmente se solta de Chloe e corre até Oliver, se agarrando a ele. De um porto seguro a outro.


-Hei, garotão – se ajoelhando Oliver o abraça apertado. O medo que sentiu quando o viu ser engolido pela massa de gente o impedindo de relaxar, mesmo vendo que ele estava bem. - Você está bem?


-Sim. Mamãe não deixou que me machucasse – Connor responde ainda abraçado ao pai.


Oliver olha para Chloe. Seus olhos percorrem sua mulher, dos joelhos vermelhos de sangue ao rosto tenso e cabelos desarrumados. Connor só estava bem por que Chloe o protegeu consigo mesma. 


Sentindo o sangue esquentar de raiva Oliver se levantou e se aproximou de sua esposa. Ele tinha sentia certa dificuldade para respirar, para controlar a fúria que estava crescendo de novo dentro dele. Fúria que sentiu quando viu o rosto acuado de sua esposa e assustado de seu filho.


Chloe vê Oliver lutar contra o que estava sentindo. Era claro seu alivio, mas evidente também sua frustração e raiva. Ele toca seu rosto e ela sorri para ele, permitindo-se relaxar um pouco. Colocando a mão sobre a dele, ela segura firme. 


-Você está bem? - ele sabe que é uma pergunta estupida levando em consideração o que tinha acontecido e o que ainda aconteceria, mas precisava fazê-la.


-Eu estou – ela responde imediatamente. Tentando convencê-lo e se convencer.


Oliver suspira e deixa a mão correr até a nuca dela. Ele puxa Chloe para seu peito. Queria abraçar as pessoas que mais importavam em sua vida.


-O que está acontecendo, Ollie? - Chloe pergunta em seu peito.


-Descobriram sua mãe. 


-Tudo? - Chloe levanta a cabeça para olhar para ele. 


-Não! - Oliver nega. - Só a primeira versão. Não aquela em que ela é...especial – ele responde parcialmente. O pequeno com as antenas bem ligadas em seu colo não precisava saber de tudo.


Assentindo Chloe se sente um pouco mais aliviada. Não queria ver sua mãe exposta ou mais exposta. Não quando ela tinha desistido de ter uma vida para proteger ela e as pessoas infectadas por krypitonita. 


-Eu preciso ver – Chloe sai dos braços de Oliver e anda na direção da TV. 


-Chloe – Oliver tenta impedi-la. 


-Eu preciso, Ollie -ela olha para ele e ele acena.


Ela liga a TV e o programa que Oliver assistiu ainda falava sobre a noticia. As duas apresentadoras discutiam a doença de Moira e como poderia se manifestar em Chloe. Uma claramente a defendia, condenando o comportamento da imprensa, a outra pontuava possíveis  consequências disso ao nome da família Queen. Tudo enquanto reprisavam sem parar as cenas da porta da escola. 


Chloe assistiu a tudo em silencio. Não conseguia tirar os olhos da tela, mal expressar alguma reação. Era doloroso ver sua mãe ser mostrada e julgada por pessoas que nunca a conheceram. Que não sabiam nada da sua história. Do seu sacrifício.


Ela só reage quando Oliver desliga TV. Piscando algumas vezes ela olha para ele, que estava com Connor em um braço e o controle na mão.


-Quem está fazendo isso comigo, Oliver? - ela pergunta, mesmo sabendo que ele, assim como ela, não tinha uma resposta.


-Eu não sei. Mas nós vamos descobrir – ele a abraça de novo. Queria confortá-la.


-Isso é um ataque. Nós frustramos os planos de alguém e agora estão mirando em mim. - Chloe conclui que isso só poderia estar de alguma forma ligada ao ataque a Lex.


A lembrança a agita. Teria que contar a Oliver sobre Lex e estava surpresa de que ele ainda não tivesse perguntado quem tinha ajudado ela e Connor a se livrar da imprensa. Ela respira fundo, se preparando para falar quando Connor se adiantou.


-Tudo bem, papai. Eu protegi a mamãe. E o moço careca também ajudou – Connor diz orgulhoso.


Oliver franze a testa e olha do filho para esposa. Chloe se encolhe em seus braços.


-Chloe? - ele pergunta.


Ela umedece os lábios, mas em vez de responder, tira Connor do colo do pai e o leva até o sofá. Podia sentir os olhos de Oliver sobre ela. 


-Me diga que esse careca é uma amiguinho imaginário dele - ele diz com a mandíbula apertada.


-Não – ela para e olha para ele por baixo. - É Lex.


Oliver sente o estomago doer com a resposta. Ele tenta dizer alguma coisa, mas não sabia o que dizer. Então tenta se acalmar passando a mão no queixo.


-O que Lex estava fazendo lá? E porque no mundo, você entraria no carro dele? - ele olha para ela sem entender.


-Ele estava indo para a prefeitura quando viu o que aconteceu – ela fica nervosa e irritada com a reação dele. - Ele viu quando eu fui  encurralada como uma bruxa de Salen,  viu quando eu e Connor fomos ao chão, – ela diz rispidamente e se acalma quando vê a expressão de dor no rosto dele, - Olha Oliver. Eu sei. Que para nós dois um leão em uma jaula vira um urso de pelúcia se tivermos que escolher entre ele e Lex. Mas não se tratava disso, se tratava do nosso filho. - ela olha para ele, esperando que ele entendesse.


Oliver mantem o olhar e acalma. Ela tinha toda razão. Passaria uma vida ao lado de Lex se preciso fosse para proteger Connor.


-Eu sei – ele sussurra. -Eu só não suporto pensar nele perto de você, de vocês. Eu...surto – ele desabafa, segurando o rosto dela entre as mãos.


-Eu estou bem. Nós estamos bem. Lex não nos fez nada – ela diz olhando bem nos olhos dele. Querendo mais uma vez deixar claro que estavam bem. 


Ela fica na ponta dos pés e pressiona um beijo no queixo e dpois ns lábios dele. Oliver passa os braços envolta da cintura dela, pressionando seu pequeno corpo contra o dele. Ele consegue enfim relaxar. Com os lábios quentes dela contra o seus e com seu filho a alguns metros. Filho que começou a rir quando viu os pais se beijando.


-Me diz o que aconteceu – Oliver pede se afastando apenas para olhar para ela. A centímetros ele saberia se ela tentasse esconder qualquer coisa para protegê-lo.


-Depois que entrei no carro? Na verdade nada. Eu só disse para ele me deixar aqui e ele...deixou. Eu juro. - podia ver nos olhos de Oliver que ele procurava qualquer coisa errada com suas palavras.


-Só isso? - ele insiste. Se Lex tivesse dito ou feito alguma coisa odiaria que Chloe não lhe contasse por que sabia que faria alguma coisa.


-Na verdade foi estranho – ela desvia o olhar antes de levá-lo de novo a ele.


-O que? - ele se preocupa


-Lex olhou para mim exatamente do mesmo jeito que naquele dia na cobertura. Como se fosse meu amigo? – ela respira fundo, tentando entender esse comportamento de Lex.


-Eu não estou gostando disso Chloe – Oliver se afasta alguns passos. Ele olha para Connor, que estava distraído com uma peça da decoração e volta a ficar na frente dela. - Lex não é confiável, mesmo sem memória. 


-Eu não disse que é. Mas e se... olha – Chloe fecha os olhos, tentando organizar os pensamentos. - Dizem que a moral, a noção de certo e errado, o caráter de uma pessoa é criado a partir de suas memórias. E se Lex é uma pessoa diferente por que perdeu seu referencial?


-Isso faz dele mais perigoso ainda. Uma pessoa sem caráter nenhum – ele repete o que seu coração diz.


Chloe silencia. Ela encara o peito dele antes de assentir.


-Você deve estar certo – ela diz cansada. 


Oliver percebe e segura seus pulsos para puxá-la para um abraço. Mas Chloe geme de dor, puxando o pulso direito na direção da barriga. 


-Você se machucou? - ele pergunta novamente preocupado, se lembrando que ela estava com os joelhos ralados quando entrou.


-Na queda – Chloe faz careta enquanto esfrega a outra mão sobre o pulso dolorido.


-Vou chamar Emil – Oliver tirava o celular do bolso quando uma corrente de ar balançou uma planta ao lado da porta, chamando sua atenção.


-Tio, Clark – Connor grita, largando a esfera verde e correndo até o tio.


-Ei, Con – Clark imediatamente se abaixa para abraçar Connor. - Que saudade – ele diz de olhos fechados, sorrindo enquanto abraçava ao sobrinho. Tanto que ele praticamente sumia em seus braços.


Depois de alguns segundos ele se levanta, olhando carinhosamente para Chloe, que o recebe com um sorriso caloroso.


-Eu estou feliz que você esteja bem, Chloe – ele a abraça quando se encontram no meio da sala.


-E eu estou com saudade – ela diz no peito do melhor amigo. - E Lois? - ela pergunta, se afastando para olhar para ele. Ela e a prima não se falavam pessoalmente há semanas e de repente um abraço dela naquele momento seria bem vindo.


-Ela está em Metropoles, sinto muito. Perry não dá um descanso a ela ultimamente – ele explica, se encolhendo ligeiramente.


-Talvez por que ela seja uma boa repórter. Diferente de outra pessoa – Oliver cruza os braços sobre o peito e para diante do amigo alienígena. - Sabe Clark? Para o segundo homem mais rápido do mundo – ele faz questão de pontuar. - Você é bem devagar.


-Oliver – Chloe diz chamando sua atenção.


-Você deve ser também o pior repórter do mundo – ele continua, ignorando o tom e aviso de Chloe. -Agora eu sei que é demais querer que entre estar onde a noticia acontece e atender seu bendito telefone, você pudesse...quem sabe, entre uma coisa e outra, salvar sua melhor amiga.


Chloe revira os olhos enquanto Connor se coloca entre os três para ver melhor.


-Sinto muito não ter atendido o celular, Oliver. Eu vim assim que ele deu sinal. Acontece que eu estava... – Clark para suas desculpas e olha para Connor. - Na casa do meu pai – ele improvisa.


Connor franze a testa fazendo bico. Nunca tinha visto o pai de Clark, na verdade sempre soube que ele tinha ido para o céu. Oliver vê a expressão de confusão do filho.


-Boa, gênio – ele levanta os dois polegares para Clark.


-Meu pai – Clark se atrapalha. -No cemitério. - e termina acenando a cabeça para o garotinho.


-Está tudo bem, Clark – Chloe vai em seu resgate. - Agora está tudo bem. Nós podemos ir para casa.


-Claro – Clark diz agradecido.


-Isso – Oliver concorda. Ele suspira antes de se dirigir ao amigo mais uma vez. - Você pode levá-los para casa?


-Claro que posso – Clark responde facilmente.


-Oliver? - Chloe olha para Oliver. - Sem um “nos” levar?


-Não. Não agora – ele responde se aproximando dela, tocando seus braços. -Eu preciso fazer uma coisa antes. Você confia em mim? - ele pergunta imediatamente.


Assentindo, Chloe responde. Toda a tensão voltando.


-Ótimo. Eu vou ligar para Emil e você pode buscá-lo depois de deixar os dois em casa – ele diz a Clark. - Chloe machucou o pulso, mas seria bom se você desse uma checada, nos dois.


-Sem problema – Clark concorda acenando com a cabeça.


Oliver se inclina e beija Chloe. Um beijo lento e cúmplice. Depois bagunça os cabelos de Connor e o abraça.  Colocando as mãos nos bolsos observa os três passando pela porta.  Clark com uma mão protetora no ombro de Chloe, ela olhando para trás uma ultima vez e Connor perguntando como eles iriam se Clark tinha deixado o carro em Metropoles.


Não muito longe dali Lex saia da prefeitura. Normalmente não teria problemas em ser visto, mas naquele momento tinha pressa em voltar ao hotel onde estava hospedado, então uma criou uma saída alternativa. 


O carro com seus seguranças e a limousine em que havia chegado continuava diante da entrada principal para  atrair  a atenção dos repórteres e fotógrafos, enquanto uma outra esperava por ele no beco lateral.


Deslizou para dentro do carro com mil pensamentos diferentes na cabeça e não esperava o que o esperava lá. Só que não deixou transparecer, apenas sorriu. No fundo esperava por aquilo bem  antes. O carro começa a sair do beco.


-Oliver – Lex diz quase solenemente. 


-Pode tirar o sorriso ensaiado da cara Lex – Oliver diz calmamente.


-O que te faz pensar que ele não é sincero? Que não estou feliz por finalmente estar olhando para você? - o sorriso de Lex fica mais largo.


-Eu sei como é um sorriso sincero, de pessoas que realmente gostam de mim – Oliver retruca com um de seus sorrisos. - E esse de Monalisa não é um deles.


-Uau. Pena que eu não tenha mais as lembranças de escola. Eu gosto do seu senso de humor – Lex não se deixa abater. Ele ri.


-Não se preocupe. Eu tenho todas elas bem aqui – Oliver aponta para a cabeça.


-Ótimo. Então quem sabe nós dois não possamos conversar melhor algum dia. Ajuda para montar o quebra cabeças seria bem-vinda – Lex diz quase alegremente. Mas algo em sua voz deixa transparecer o incomodo que Oliver despertava nele.


-Na... - Oliver balança a cabeça, olhando o teto antes de encarar Lex mais uma vez. - Eu passo. Na verdade eu quero o contrário disso. Quero você longe de mim. Mas principalmente...Eu quero você bem longe da minha família – Oliver diz firmemente.


-Eu não sei o que você soube, mas tenho certeza de que se falar com a Cho...


-Eu sei o suficiente – Oliver interrompe antes que ele termine o nome de Chloe. Não suportava sequer que ele saísse da boca de Lex. 


Eles se olham. Sem hesitar um segundo, sem baixar a guarda ou a cabeça.


-Não pense que comprei essa ideia de salvador. E aqui vai uma do arquivo Lex Luthor...Não combina com você – Oliver diz serenamente, ainda olhando nos olhos dele. Esperando alguma reação.


Lex engole e cede, desviando o olhar.


-Sinto muito em ouvir isso. E que sinta isso sobre mim. Sei que cometi erros, que nós cometemos...mas sei também que todos merecem uma segunda chance. Não é? - Lex o questiona, sabendo que Oliver entenderia e espera por uma resposta.


Oliver vê a postura de Lex mudar, como se ele baixasse um muro e entende o que Chloe disse. Se aquele homem a sua frente fosse um homem normal poderia poderia dar um voto a suas boas ações, como fez com Tess. Só que Lex era diferente... Ele bate no vidro e o carro para. Se inclinando para sair ele fica a poucos centímetros de Lex.


-Quem disse que você já não teve a sua? - ele ergue uma sobrancelha e deixa o carro.


Lex fica parado enquanto voltam a se movimentar. Então e só então se permite respirar fundo e mais fundo. Até que começa a hiperventilar. Com as mãos tremulas ele tateia pelo terno, até que encontrar um papel no bolso.  Olhou para ela e se sentiu calmo e seguro e novo. Deslizando os dedos por seu rosto ele teve a certeza. Chloe sabia que ele era bom. 

CONTINUA...
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