sexta-feira, 23 de março de 2012

I'm In Here (Lex/Chloe/Oliver)

Titulo: I'm In Here
Autora:Roberta Clemente
Classificação: NC-17
Nota: Alguns pensamentos na narração são eventos ocorridos na quinta temporada e podem ter erros...perdão. Mas a história se passa pós Finale.
Resumo: Chloe e Oliver sendo acompanhados de perto...muito perto
Prologo 1/? 2/? 3/? 4/? 5/? 6/?



7/?


Um mundo diferente se formava cada vez que começava a escrever e era muito fácil e prazeroso se jogar nele enquanto o moldava. Mas naquela manhã Chloe foi tirada abruptamente dele quando recebeu uma ligação estranha.

Deixando aquele mundo de lado ela correu para cuidar do seu e em pouco tempo  e sem nenhum problema atravessou a cidade, parando diante da escola infantil de Star City. A porta estava vazia e pôde estacionar o carro do outro lado da rua e atravessá-la em apenas alguns passos.

A escola era tradicional e antiga, mas pequena e discreta. Do lado de fora apenas um portão alto de madeira guardava o prédio arquitetônico, que podia muito bem ser confundido com uma igreja.

Assim que entrou Chloe correu pelos corredores sem se preocupar com o barulho que seus saltos faziam no chão de mármore. O burburinho vindo das salas mostrava que ninguém se importava com sua pressa.

Precisava chegar a diretoria, precisava encontrar seu filho e descobrir o que realmente estava acontecendo. Ser chamada as pressas a escola fez dezenas de cenários ganharem vida em sua  mente. Connor teria se machucado, estaria doente? Um louco, psicopata, inimigo do nome Queen teria levado-o? A julgar pela facilidade com que estava atravessando os corredores sem ser incomodada não seria impossível.

Quando fazia uma nota mental de apontar aquele erro de segurança na cara da diretora viu a forma pequena e loira de seu filho sentada mais adiante. Inconscientemente suspirou aliviada. Ele estava aparentemente bem. Só que a alguns passos a postura cabisbaixa de Connor chamou sua atenção.

Ele encarava o chão com muita veemência e ficou tenso assim que ouviu seus passos, parando de balanças as pernas.

-Connor? - ela chama por ele assim que pára a sua frente. Ele cruza os braços e baixa mais a cabeça. - O que aconteceu?

Quando ele continua se recusando a responder ela se endireita e vai atrás da única pessoas que poderia lhe dizer o que estava acontecendo com seu filho. Sem bater ela entra na sala da diretora e a mulher praticamente pula da cadeira quando coloca os olhos nela.

-Senhora Queen – a mulher não tão mais velha que Chloe fica de pé.

-Senhora Andrews – Chloe responde educadamente, com um sorriso no rosto.

-Sente-se – a diretora aponta a cadeira de couro a frente de sua mesa.

Chloe olha para a cadeira antes de caminhar até ela e pacientemente se senta.

-Eu gostaria de saber o que meu filho está fazendo sentado lá fora e por que ele se recusa a me olhar – Chloe é direta.

-Talvez ele esteja evitando contato visual por que sente culpa, pelo que fez.

-Culpa? - Chloe franze violentamente as sobrancelhas.

-Sim, culpa. Por ter batido em um coleguinha de classe – a mulher explica elevando a cabeça e batendo os dedos na poltrona enorme em que estava sentada.

A expressão de Chloe fica em branco. Claro que teve algumas vezes que chamar atenção de seu filho, mas nada que não fizesse parte da educação de uma criança, mas aquilo não combinava com Connor.

Mas mulher a sua frente a encarava como se nunca tivesse visto ela ou seu filho antes, como se não soubesse quem ele era. E Chloe logo entendeu que a arrogância em seu olhar significava que seu filho já havia sido condenado e não gostou nada disso.

-Connor, batendo em um coleguinha? - Chloe olha discretamente para os dedos da diretora que continuavam a tamborilar no braço da poltrona. - Se importaria de me dizer o motivo? - e ergue uma sobrancelha.

-E isso importa? - Sra. Andrews manda um olhar incrédulo a Chloe.

-Sim... – assentindo Chloe sorri. - Connor nunca fez algo parecido antes. Então se ele achou que o uso de violência se fez necessário é por que alguma coisa aconteceu. Alguma coisa que a professora...sua empregada, – ela faz questão de olhar nos olhos da diretora. - foi incapaz de evitar. Então sim, importa.

-Pois bem – sem saída e claramente desconfortável. - Connor atacou o colega, por que o menino teria dito algo sobre... Você – ela termina apontando para Chloe.

-Sobre mim? O que? - Chloe imediatamente pensa nas noticias de dias atrás.

-Como o que? Está em todos os canais. Escolha um e vai saber – a mulher fica de pé e olha nervosa para ela.

Chloe não entende o que ela quis dizer e nem o por que de estar sendo tão agressiva com ela e Connor. Também ficando de pé ela coloca a bolsa no ombro não deixa transparecer a irritação que estava sentindo.

-Certo. Se não posso ter uma resposta clara da senhora que teoricamente é a adulta, vou perguntar ao meu filho – Chloe não espera por uma resposta nem se despede da mulher que parecia querer ela e seu filho longe.

Ela encontra Connor ainda sentado do lado de fora. Ele mal havia se mexido, a postura era a mesma de alguns minutos. Chloe se abaixa para ficarem da mesma altura e encontrar seus olhos, que fugiam dela.

-Ei, Con – ela toca o queixo dele. - olha para mim.

Ele olha e Chloe vê um pequeno corte em seu lábio inferior. Não era grande, mas o leve inchaço o fazia maior. Ela suspira engolindo a ideia de que a diretora estava certa, seu filho havia entrado em uma briga.

Connor olha, mas se nega a ceder. Ele trava o maxilar e olha fixo nos olhos de sua mãe. Exatamente como Oliver fazia quando estava bravo ou contrariado. Chloe se lembra de ter ficado assombrada com a semelhança no começo.

-O que aconteceu? - ela pergunta gentilmente.

Ele desvia o olhar.

-Você não confia em mim? - ela o força a olhar para ela de novo.

Assentindo ele começa a ceder, colocando os enormes olhos verdes de volta na mãe.

-Então. Conta pra mim. Por que você e seu amiguinho brigaram? - ela pergunta sem acusar.

-Por que ele disse uma mentira – ele começa a explicar, sua voz é quase um sussurro.

-Que mentira? - Chloe teme a resposta. Na verdade sempre temeu o momento em que suas vidas publicas atingiria seu filho.

-Ele disse... ele disse...que você é louca, mamãe – os olhos dele se enchem de lágrimas.

Chloe fica em silencio. Os olhos magoados dele brilhavam e isso importava mais, doía mais que suas palavras. Ainda tentava entender o comentário do garoto e da diretora quando Connor pulou do banco.

-Então eu bati nele. E vou bater em que falar mentira de você – ele fecha os punhos no ar.

-”Sobre você”, querido – Chloe o corrige fechando as mãos sobre as mãos pequenas dele. - Me escuta. Você não pode bater em todos que falarem da mamãe e do papai.

-Mas ma...

-Sem “mas” - ela tira um lenço de papel da bolsa e puxa Connor pelo uniforme para mais perto. - Você é um garoto esperto, esperto demais para resolver com violência, mesmo quando o outro lado merece uma surra por ter chamado sua mãe de louca – Chloe faz careta ao adjetivo antes de encostar gentilmente o lenço no corte.

-E vó. Ele disse que a vovó é louca, você e que eu também vou ficar – os olhos dele crescem.

Um nó se forma instantaneamente em sua garganta e Chloe não consegue empurrá-lo em nenhuma direção. As coisas começavam a fazer sentido.

-Ninguém vai ficar louco, Connor. Você me entendeu? - ela pergunta firmemente e ele responde assentindo. -Ótimo. Agora vamos.

Ela fica de pé e sai levando Connor pela mão. Precisava imediatamente chegar até Oliver. Sair dali e saber o que estava acontecendo do lado de fora. O que sua mãe tinha haver com isso. Ela escuta o celular tocar na bolsa assim que chega a porta.

Ela vê o nome de Oliver nele, mas não consegue atender. É cercada assim que coloca o pé do lado de fora. Dezenas de pessoas que não estavam lá quando entrou estavam a sua espera. Ela tenta voltar com Connor, mas é impedida.

Segurando firme na mão de seu filho tenta dar um passo a frente e a massa de gente não deixa. Eles gritavam ao mesmo tempo em que flashes são disparados em seu rosto. Chloe se desespera e se vira para Connor. O olhar assustado em seu rosto a enfurece mais que tudo. Imediatamente ela o pega no colo e o aperta contra o peito.

-É verdade que sua mãe está em um sanatório?

-E que seu estado é hereditário?

-Connor pode ter a mesma doença, senhora Queen? Por favor...

Em quase seis anos casada com Oliver e vivendo em Star City aquilo nunca tinha acontecido com ela, nem mesmo perto. A agressividade era surreal. Ela arrisca olhar em volta, mas não consegue reconhecer nenhum dos rostos a sua volta, não eram os jornalistas e fotógrafos com quem estava acostumada. Ninguém ali a ajudaria, ela era só um furo de reportagem, uma matéria, uma fotografia.

Em mais uma tentativa de chegar aos seu carro ela tenta forçar passagem e é jogada de um lado para o outro. Não conseguia enxergar com tantos flashes e só pensava em proteger Connor, estava ficando cega. Estava a ponto de gritar quando o chão simplesmente sumiu de baixo de seus pés e se viu caindo.

Uma roda se abriu e ela conseguiu amortecer a queda com a mão que ainda segurava o celular antes que avançassem de novo contra eles. A dor em seu pulso quase fez com que vacilasse, mas o instinto e tudo o que gritava nela para proteger Connor fez com que deixasse de sentir qualquer coisa. Com o rosto a centímetros da calçada ela segura Connor firme com a outra mão e tenta ficar de pé, ignorando os joelhos dolorosamente pressionados contra o concreto.

-Mamãe – Connor diz baixinho.

A voz dele lhe dá força para levantar e Chloe se empurra. Ajoelhada agora ela tenta ficar de pé e a voz dos gritos que daria começava a sair quando sentiu mãos firmes agarrando seu braço. Mal havia ficado de pé novamente e se viu sendo levada entre a multidão, que parecia maior.

Chloe arrisca um olhar e vê um homem alto, de terno preto abrindo caminho com certa facilidade. Imaginou que ele fosse um dos seguranças da escola. Imaginou, mas na verdade não se importou. Só queria sair dali, tirar Connor do meio daquela bagunça.

Não se importou, mas deveria. Em vez de seu carro foi levada a uma limousine que estava no meio da rua a sua espera e antes que pudesse saber perguntar de quem era estava sendo colocada no banco de trás. Era imprudente de sua parte, mas precisava arriscar.

Instintivamente ela apertou o abraço em volta de Connor. A porta do carro bateu ao seu lado e ele arrancou. Chloe ainda podia escutar o coração batendo violentamente nos ouvidos quando arriscou um olhar para a pessoa sentada a sua frente.

-Você está bem? - Lex pergunta.

Chloe mantem o olhar, mas não responde. Ela olha para fora e quer sair, mas estavam em movimento.

-Pare o carro Lex – a voz dela enfim sai e ela está tremula.

-Eu paro se quiser, mas... não me parece seguro te deixar do lado de fora. Não quando você está com ele – Lex olha para Connor aninhado a Chloe e sorri.

Chloe arregala os olhos e procura os de Connor. Ele estava quieto, quieto demais.

-Você está bem? - ela sussurra passando a mão por seus cabelos arrepiados. Ele balança a cabeça e ela acalma um pouco, voltando sua atenção a Lex, rapidamente deixando seus olhos procurarem por qualquer sinal de perigo a sua volta.

-Ele não se assusta fácil – Lex diz admirando o garoto.

-O que você está fazendo aqui? - Chloe olha novamente para Lex.

-Na verdade estava indo me encontrar com o prefeito quando vi o que estava acontecendo. Foi muita sorte. Depois do que aconteceu há alguns dias um carro de segurança me acompanha.

-Não sei se acredito nesse tipo de sorte – ela responde friamente, sem demonstrar se acreditava ou não. - Mas...obrigada mesmo assim – e agradece.

Os lábios dele formam uma linha fina. Lex sente o coração acelerar a cada segundo, mas não deixa transparecer o quanto a presença dela o afetava, o quanto a beleza e proximidade o levava a aquelas lembrança. A conhecia bem demais para se entregar tão facilmente. Chloe era uma mulher naturalmente desconfiada. Ele só...sorri.

A simpatia dele era desconcertante. Chloe não sabia o que fazer com isso. Ele sorria para ela e Connor como se fosse um amigo. Como se fosse uma pessoa normal e não o monstro do passado. Monstro que estava lhe ajudando pela segunda vez.

-Não precisa me agradecer. Qualquer um teria feito o mesmo diante daquela cena grotesca.

-Eu não sei sobre isso – ela diz amargamente, ainda tonta com tudo o que tinha acontecido. Seus olhos caem para o celular quebrado em sua mão e depois para o lado de fora. Estavam atravessando uma ponte. Mais alguns metros e sairia dali. Precisava falar com Oliver.

-Está tudo bem, Chloe. É só dizer onde quer que deixe vocês. Eu não sou o inimigo aqui – ele diz quando percebe nos olhos dela a resistência em estar na sua presença. Chloe ergue os enormes olhos  para ele e Lex sente uma vontade quase animal de tocá-la.

-Mamãe – Connor tira os olhos desconfiados de Lex e chama timidamente pela mãe.

Chloe olha para ele e toca gentilmente seu rosto. Ela sorri para acalmá-lo e olha mais uma vez pela janela. Para o mar cristalino do lado de fora.


...CONTINUA
Faça a autora feliz e diga o que achou do capitulo deixando um comentário.






13 comentários:

  1. Roberta!!!

    Isso é MALDADE!! Você é muito, muito má!!
    VOLTA AGORA! E se redima da culpa por esta maldade abominável... isso não justo.

    Lex planejou tudo, não foi? E o Ollie? E pra onde ele está levando a Chloe e o Connor? Quando terei respostas?

    Você gosta de fazer maldades, né? ISSO É MUITO FEIO!!!

    Ai, ai, ai... aguardando, né? Fazer o quê? =/

    GIL

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    1. HAHAHAHAHAHHAHAHAHA....ôôô =(
      Perdoa eu, perdoa????

      Coitado do Lex. Ele ajudou Chloe e Connor, não??
      Um anjo.rs

      Terá a resposta logo, prometo!!!!
      Aguarde ;)
      E me perdoe =D

      Valeu pelo comentário.

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    2. OK! Respirei...

      Perdoar? Só se a atualização for muito, muito logo mesmo... tipo tão rápido quanto Bart...

      Connor é mesmo o Mini-Ollie, sorrir como uma boba quando li, deu pra imaginar a carinha e tudo *-*: "Ele trava o maxilar e olha fixo nos olhos de sua mãe. Exatamente como Oliver fazia quando estava bravo ou contrariado. Chloe se lembra de ter ficado assombrada com a semelhança no começo."

      Connor vai voltar para esta escola? Nunca pensei que alguém teria atitudes tão arrogantes com um QUEEN, muito menos com dois MARAVILHOSOS QUEEN!

      E Lex agora é um anjo? Ôo sem comentários, mas espere pra ver... eu estou...

      GIL

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    3. ae \o/


      hahahahhaha eu bem queria ser rápida como Bart.
      Minha vida seria tão mais fácil!! *-*

      Ain, Connor!! *-*
      E vamos ver.
      Acho que a mulher se assustou com as noticias da possivel "doidice" Sullivan.

      Lex anjo...huuuuum.
      Não chegaria a tanto.rs

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  2. ROBERTA,
    VOCÊ QUER REALMENTE NOS MATAR DE ANSIEDADE, SÓ TE PERDOAMOS PORQUE SABEMOS O QUANTO É ÓTIMA EM SUAS FICS E QUE A ATUALIZAÇÃO PROMETE, MAS HAJA CORAÇÃO, POR ISSO POR FAVOR NÃO O DEIXEI ANSIOSO POR MUITO TEMPO, ATUALIZANDO LOGO. BJUS!

    DINY

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    1. Não quero matar não!!Juro jurandenho!!!! =D
      Senão quem vai ler??rs

      Awn, obrigada!!!
      Pode deixar, já estou providenciando a continuação ;)

      hahaha obrigada Diny ;)

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  3. Ah, não!!!! Lex!!! Aposto que ele armou tudo isso para posar de bom moço e amigo. ( Minha reação : http://gigadicas.com/smiles/bravonao.gif )

    Connor é a cópia do Oliver. hehe Ollie deve se achar por isso. lol
    Chloe passou péssimos momentos ali, ô povo esquisito e a diretora da escola... que horror.

    Agora estou aqui mais curiosa do que nunca sobre o que vai acontecer, ultimamente a minha curiosidade só aumenta. É essa S11 e agora essa fic. :D

    Atualiza logo, pleeeeease!!!! :D

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    1. Vcs são muito disconfiadas.
      Lex ajudou Cho-Con...dê uma chance a ele =)
      Adorei o gif!

      Connor com aquela carinha de marrento do Ollie. Awn *-*
      Pois é!Não foi fácil para ela, mas Chloe é nossa heroína.

      Oba, curiosa é bom, muito bom!!
      Deixa comigooo \o/
      Obrigada Dani!!

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  4. Hummmm, não consegui decidir se o Lex estava envolvido no incidente ou não, minha vontade é que ele não estivesse, mas ele é o Lex, então o instinto está sempre ali, certo? Vamos ver que surpresas você nos reserva, Roberta... :D

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    1. Dá uma chance para o coitado.
      Ele pode te surpreender =D

      É Lex é Lex, nunca um santo.
      Veremos, tá quase pronto ;)
      Valeu Sof!!!

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  5. Perfeito e emocionante Roberta!! Me senti transportada pra dentro da história sabe. Muito gostoso de ler. Parabéns de verdade, a cada capítulo a gente acompanha a sua evolução.

    Bjus Vilm@

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