sábado, 7 de julho de 2012

I'm In Here (Lex-Chloe/Oliver)

 Titulo: I'm In Here
Autora: Roberta Clemente
Classificação: NC-17
Nota: Alguns pensamentos na narração são eventos ocorridos na quinta temporada e podem ter erros...perdão. Mas a história se passa pós Finale.
Resumo: Chloe e Oliver tem suas vidas acompanhadas de perto...muito perto
Prologo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11


12

O quarto já estava parcialmente iluminado quando Oliver sentiu algo frio tocar sua perna. Isso serviu para tirá-lo definitivamente do seu confortável sono. Ele gemeu e apertou os braços em volta do pequeno corpo que estava protegendo.

-Seus pés parecem pedras de gelo – ele murmurou contra a nuca de Chloe.

-Isso é por que você está falhando em me manter quente – Chloe respondeu ainda de olhos fechados. Percorrendo o pé na panturrilha dele.

-Seis anos casados e eu nunca falhei em te manter quente – Oliver se defendeu.

-Mesmo? – Chloe puxou a outra perna até que ela estivesse entre as dele.

-Oh, meu deus – Oliver se encolheu quando os dedos gelados dela tocaram sua pele quente.
-Viu, só? – Chloe disse e suspirou, fingindo desolação.

-Seus dedos são mini cubos de gelo – ele levantou a cabeça para olhar para ela. E fez careta quando viu que ela está sorrindo.

-E por culpa de quem? – Chloe disse olhando sobre o ombro.

Oliver cerrou os olhos para ela e Chloe ergueu uma sobrancelha.

-Vem cá, mulher – ele deitou de novo, puxando Chloe para mais perto. – Eu vou te esquentar até você pegar fogo.

-Uh, isso é uma promessa? – Chloe se ajeitou com um sorrisinho no rosto. Ela apertou as mãos no braço forte que a rodeava, enquanto Oliver esfregava os pés nos dela.

-Então? – ele perguntou passando uma mão sobre o estomago dela.

-Eu sempre soube que um dia encontraria uma meia para o meu pé cansado – ela respondeu em tom sonhador.

Oliver parou, umedeceu os lábios, analisando a cena. E então riu.

-Nós parecemos um casal de velhinhos, não parecemos? Você pode coçar minhas costas depois que estiver quente – ele continuou até que estivesse praticamente cobrindo Chloe com o próprio corpo. Roçando o peito nas costas dela, deixando suas mãos vagarem por toda pele que pudesse alcançar.

-Se você fizer o que está fazendo agora quando eu estiver bem velhinha eu te coço inteiro – ela suspirou. Seus pés não estavam mais frios e o que Oliver estava lhe fazendo era delicioso.

-Está bom? – ele perguntou vendo o sorriso de satisfação no rosto dela. – Posso parar? – e  provocou.

-Se você parar de me tocar eu peço o divórcio – Chloe empurrou o quadril para trás.

-E vai alegar o que? – Oliver perguntou com a voz um pouco mais profunda. Ele empurrou o quadril para frente e beijou o ombro dela.

-Abandono de incapaz – ela arranhou o braço dele e encontrou seu olhar mais uma vez por cima do ombro.

-Incapaz? – Oliver questionou, rouco. Ele desceu uma mão pela barriga dela, brincou com o elástico da calcinha, mas passou por cima, provocando a pele sob o pano.

-Sim, – Chloe gemeu. – Eu sou incapaz de sentir o que estou sentindo agora se não for com você – ela respondeu quase como um sussurro.

Oliver sentiu o corpo todo reagir a aquelas palavras, a voz, ao olhar. Ele se inclinou até que seus lábios estivessem tocando o dela.

-Me diz o que está sentindo. – ele pediu baixando a alça fina da camisola, agarrando um seio enquanto a outra mão esfregava o centro quente dela.

Chloe respirou fundo. Estava praticamente imobilizada, mas excitada demais para reagir.

-Estou sentindo minha pele começar a ferver de baixo dos seus dedos – Chloe disse ofegante. – E estou sentindo que se você não tirar minhas roupas agora e não me foder até que eu esteja gritando, veremos o primeiro caso de combustão espontânea das nossas vidas acontecer, bem aqui...no nosso quarto, na nossa cama.

Oliver sentiu a ereção latejar quando ela lambeu sua boca e rodou o quadril, pressionando o traseiro contra ele. Chloe podia levar o sexo matinal a outro nível quando queria. Podia ser várias versões de si mesma, carinhosa e delicada, o excitando devagar ou selvagem e boca suja também. E ele adorava descobrir com qual delas tinha acordado.

-Eu disse que faria você pegar fogo – ele cobriu a boca dela com a sua e aprofundou imediatamente o beijo. Queria sentir o gosto dela.

Chloe gemeu com a intensidade do beijo. Ela duelou com ele até que estivessem ficando sem ar. Quando seus pulmões queimaram ela cedeu. Oliver mordeu seu pescoço enquanto ela tentava respirar. A mão dele que estava entre suas pernas subiu de volta para sua barriga e estomago, levando a camisola junto. Adorava quando as mãos enormes dele percorriam sua pele, adorava a sensação, o modo como reagia aos toques, arrepiando e esquentando em seguida, até explodir de prazer.

E tiveram muito tempo um com o outro naquela manhã. Oliver levou quase uma hora explorando cada centímetro de pele dela e Chloe o fez gozar mais vezes do que qualquer homem pudesse pensar ser possível, mas que ele sabia ser.

Os dois saíram do quarto quase no fim da manhã. Depois de mais uma hora de sono e um banho juntos. A casa estava quieta como sabiam que estaria. Oliver deu um beijo no alto da cabeça dela e caminhou ao seu lado pelos corredores silenciosos.

Fazia um mês desde a missão Luminiferous e as coisas estavam calmas de novo. A falta de qualquer indicio de outra célula do grupo lhes deu a oportunidade e tempo suficiente para lidarem com o estrago deixado para trás. Como a mancha que tinham conseguido fazer no nome de Chloe.

Por mais que tivesse ficado claro que Luminiferous não fazia parte do time dos mocinhos a duvida estava lá. Chloe Sullivan-Queen era uma enganação? Oliver sabia do seu passado quando se casaram? O casamento resistiria?

 A opinião publica em Star City se dividiu. Ao mesmo tempo em que Chloe era analisada era também defendida ferrenhamente daqueles de fora da cidade investigavam e vasculhavam diariamente seu passado e de sua família. Como se mesmo não sendo perfeita, a princesa que todos imaginavam, Chloe fosse uma deles e só coubesse a eles julgarem sua conduta.

Mas fato era que Chloe soube lidar muito bem com a situação e isso não passou despercebido, de longe e de perto. Ela agradeceu quando foi defendida e se preservou quando atacada. Usou o tempo que teve para fazer o que mais amava. Escrever, cuidar do seu time de heróis e ficar com Connor e Oliver. E agora que as coisas começavam a voltar à velha ordem se preparava para colocar a cabeça para fora de novo.

E o mesmo valia para Connor. Chloe e Oliver pararam na porta do quarto e olharam juntos para ele na cama. Ele estava vivendo um período de férias forçada, o que terminou bagunçando um pouco seus horários. Ainda mais quando seus tios faziam questão de contribuir para a desordem.

-Há semanas que ele não corre para o nosso quarto – Chloe disse com os braços cruzados sobre o peito.

-Bem. Depois da manhã que nós dois tivemos... eu não sei se posso reclamar – Oliver coçou o queixo com um sorrisinho de satisfação no rosto.

-Oh, meu deus! Olha a sua cara – Chloe revirou os olhos.

-O que? – Oliver perguntou confuso.

Chloe riu balançando a cabeça.

-Nada...  Eu estava tentando dizer que estragamos nosso filho. São quase onze e ele está apagado – Chloe apontou para Connor sem se importar em sussurrar.

-Nós não estragamos nada. Ele está de férias, colocado por você. Além do mais, hoje é o ultimo dia. Amanhã ele volta pra escola e a invadir nosso quarto como sempre fez.

-Tomara, – Chloe disse com os olhos brilhando de expectativa. Sentia falta da tradição deles. Mas então seu sorriso e brilho sumiram. – Você acha melhor esperar um pouco mais pra mandar ele de volta para escola?

-Chloe, – Oliver disse sério. – Faz um mês que ele está em casa, que é grande, mas nem tanto quando se tem a energia de um garoto de cinco anos.  Além do mais você vai voltar à civilização e nós não temos uma babá.

-Nós temos...

-Bart não conta. Você se lembra quando ele se empolgou com um jogo e arrastou Connor para fora da cidade sem querer? – Oliver ergueu uma sobrancelha. Chloe estava tendo dificuldades em desapegar de Connor e sabia que o que tinha acontecido só contribuía para sua superproteção.

-Claro que eu me lembro – Chloe respondeu fazendo uma careta com a lembrança. Não foi nada fácil explicar para Connor o que tinha acontecido. Demorou alguns dias para fazê-lo parar de falar sobre o assunto e convencê-lo de que Bart não era um super-herói. – Mas só pra constar eu iria dizer Hal. – ela petulantemente deu de ombros.


-Hal está em uma galáxia muito, muito longe. – Oliver argumentou sem conseguir conter o riso.

-O que o deixou de fora do rodízio das babás. Mas tudo bem. Você está certo. É hora de nós voltarmos à civilização – ela suspirou dramaticamente.

-Oh, meu Deus! E o dramático sou eu, – Oliver passou uma mão sobre o rosto. Mas sorriu segurando os ombros dela. – Olha pra mim, professora. Sei que mesmo não dizendo você continua desconfiada e tem também o falatório na cidade, mas as coisas melhoraram e elas vão dar certo. Nós nunca fomos de fugir, fomos?

Chloe encheu a boca de ar, absorvendo as palavras dele. E então cedeu. Ele tinha razão. Não podiam se esconder em casa para sempre e Connor merecia toda a normalidade que pudesse ter.

-Ok! – ela assentiu. – Você está certo. Sei que liguei no modo supermãe, mas...você está certo. Agora quem vai ficar com a missão de acordar o superdorminhoco?

Os dois se voltaram para dentro do quarto mais uma vez e inclinaram a cabeça ao mesmo tempo. Eles andavam sofrendo com essa tarefa. Mais de uma vez tiveram que escovar os dentes de Connor enquanto ele ainda dormia.

-Par.

-Impar.

E Oliver perdeu. Ele olhou Chloe se afastar jogando um beijo para ele e suspirou se preparando para levar um baile de um garoto de cinco anos, antes de entrar no quarto batendo palmas.

Chloe caminhou com um sorriso vitorioso no rosto. Ela evitou o elevador e preferiu o caminho mais longo até a cozinha. Passando pelos inúmeros quartos que dependendo da semana ficavam todos ocupados por seus amigos. O ultimo quarto daquele corredor era o de Bart, que estrategicamente ficava mais perto da cozinha. Praticamente dentro dela.

Ela desceu a escada que ficava depois da ultima porta e saiu dentro da espaçosa cozinha branca da mansão. Durante muito tempo todas às vezes que colocava os pés nela dizia a si mesma que aquele lugar era maior que seu apartamento em cima da Talon. Um pouco de exagero, mas era quase isso.

Só enquanto caminhava em direção a geladeira percebeu ter deixado o celular no quarto. Culpa do seu delicioso marido que não parou de tocá-la um minuto sequer, tirando toda a sua atenção. Ela sorriu e suspirou com o pensamento.

-Ligar para o celular de Rick – Chloe deu o comando e abriu a geladeira. E enquanto o sistema obedecia ela pegou tudo que precisaria para preparar panquecas para eles.

-É melhor que não esteja me ligando para dizer que vai passar mais uma semana trancada na masmorra.

-Bom dia para você também, Rick – Chloe colocou delicadamente os ingredientes sobre o balcão de mármore.

-Bom dia, raio de sol. Agora me dê uma boa noticia ou eu te demito por estar me ligando em um domingo.

-Assim é melhor – Chloe riu do costumeiro o mau humor de seu chefe. Que muitas vezes não passava de uma tentativa de assustá-la. Ele fingia pressioná-la, mas Chloe sabia que era por que acreditava nela e no seu trabalho.

-Então...

-Então que amanhã nós dois vamos tomar o café da manhã juntos para discutir meu futuro nesse cubículo que você chama de jornal – ela disse segura de si, colocando os ovos na tigela enquanto esperava Rick quebrar o silencio que havia ficado na linha.

-Já não era sem tempo Sullivan.

-Queen. Sullivan-Queen – Chloe o corrigiu sem qualquer preocupação.

-Tanto faz. Te vejo amanhã e me traga um desses cafés de ferrar o estomago que você bebe.

-Pode deixar, – Chloe sorriu. – Até amanhã.

-Até.

Chloe começou a mexer a massa satisfeita consigo mesma. Oliver tinha razão. Ela nunca foi de fugir. A Chloe do colégio lhe daria um chute no traseiro por desperdiçar as chances que estava recebendo. Esse era o momento de dar um passo à frente na sua carreira. Só esperava que Rick gostasse do que ela andava escrevendo.

O tempo voou enquanto Chloe preparava o café. Pensou em tantas coisas que quando percebeu a ilha no meio da cozinha estava cheia. Ela parou surpresa e riu. Talvez estivesse condicionada a cozinhar para Bart no final das contas. Além das panquecas, pães, frutas, sucos e metade da dispensa estava ali.

-Mamãe – Connor gritou do topo da escada.

Chloe virou e sorriu, caminhando na direção da sua voz.

-Devagar, – ela esticou os braços para ele e o abraçou forte quando ele se jogou em seus braços. – Bom dia meu amor.

-Bom dia mamãe. – Connor respondeu passando os braços em volta da mãe.

Chloe respirou o cheiro de menta do seu hálito e acariciou seus cabelos espetados. Seu filho era a coisinha mais sensacional do mundo.

-Com fome? – ela perguntou olhando do filho para Oliver que tinha parado atrás dele.
-Morrendo.

-Morrendo.

Chloe ficou de pé, rindo para a resposta coletiva e para a dramaticidade nela.

-Ok, drama queens – ela levou Connor pela mão.

-Nós não somos drama queens.

-Nós não somos dama queens.

Os três pararam. Oliver olhou de Chloe para Connor

-Drama Queen, nós não somos drama queens. – ele o corrigiu lhe dando um olhar sério e Connor o imitou, franzindo a sobrancelha de volta para a mãe.

 Chloe olhou de um para o outro e revirou os olhos. Rindo

-Claro que não. – ela balançou a cabeça negativamente e levantou as mãos em rendição. –Agora café.

Connor correu e parou olhando para cima, para toda a comida.

-Tio Bart está aqui? – ele perguntou com os olhos grandes.

-Não Con, - Chloe respondeu mordendo o lábio inferior. – Mas acho que deveríamos chamá-lo.

-Ou, – Oliver imediatamente parou atrás de sua esposa. – Nós podemos tomar o café lá fora e levar o que sobrar para praia mais tarde. O que você acha? – ele baixou os lábios até o pescoço dela. Queria passar o dia tranquilo com os dois antes de voltarem a suas rotinas.

-Eu acho que gosto do jeito como você pensa – Chloe sorriu fechando os olhos por um instante, enquanto os lábios dele percorriam sua pele.

-Praia, praia, praia – Connor comemorou pulando e tentando alcançar o prato de panquecas.

-Mais tarde baixinho – Chloe disse indo em seu socorro. Ela pegou o prato e ofereceu a ele. – Agora você tem que me ajudar a arrumar a mesa lá fora.

Connor agarrou uma panqueca, deu uma grande mordida e sorriu para a mãe com a boca cheia. Chloe apontou a porta e saiu levando o enorme prato nas mãos, seguida de perto pelo filho. Oliver ficou ali, parado, observando de longe sua esposa e filho interagindo do lado de fora, com um sorriso bobo no rosto. Era louco por eles, por ela.

E então as palavras de John roubaram mais uma vez o seu sorriso. Outro homem além dele era apaixonado por sua esposa. Se fosse qualquer um bateria no ombro do sujeito em compreensão, afinal Chloe era apaixonante, ele não teve nenhuma chance quando se aproximou dela, mas Lex. De todos os homens no mundo logo o seu pior inimigo, o homem que de vez em quando invadia seus pesadelos estava apaixonado por sua mulher.

Não era uma situação agradável saber que outro homem deseja Chloe, mas saber este homem era Lex Luthor lhe dava calafrios. Um homem normal apaixonado é capaz de fazer loucuras pela mulher que quer, mas e Lex? Oliver se pegava perguntando até quando Lex manteria essa paixão para ele. E a única coisa que o impediu de surtar foi à volta dele para Metrópoles.

As lembranças do que Clark viveu com ele e Lana estava assombrando Oliver e ele estava há um passo de contar a Chloe sua descoberta quando soube que Lex deixaria Star City. Agora, um mês depois ainda tentava encontrar uma maneira de dizer a ela.

Não gostava de esconder nada dela, era também uma missão quase impossível, Chloe leria seus pensamentos imediatamente se desconfiasse, mas fez uma força sobre humana para não pensar muito e se entregar. Chloe precisava de um tempo para relaxar e ele para descobrir como falar. Ela estava sendo bombardeada o suficiente, não precisava do peso a mais que saber dos sentimentos de Lex colocaria em seus ombros.

O som da risada dela tirou Oliver de seus pensamentos. Ele respirou fundo e tentou mudar a expressão de preocupação que sabia que tinha no rosto. Seus olhos se encontraram com os dela e percebeu que tinha sido pego. Chloe se aproximou dele com o seu olhar de preocupação.

-Está tudo bem?  - Chloe perguntou, tocando o estomago dele. Ele parecia tenso e ela se perguntou o que teria acontecido em apenas dois minutos.

-Sim, sim – Oliver assentiu olhando para as mãos dela. Sentindo uma culpa bem familiar junto com o toque macio de suas mãos pequenas.

-Tem certeza? Você está parado há mais de dois minutos no mesmo lugar – ela deu a ele um pequeno sorriso.

Oliver colocou as mãos sobre as dela e olhou em seus olhos. Poderia dizer tudo agora ou inventar uma desculpa.  Mas ele olhou para fora por um instante, para Connor e para o dia que esperava por eles e não teve coragem de estragá-lo. Só que quando seus olhos voltaram para ela não conseguiu mentir. Não poderia, não para ela.

-Tenho. É só essa preocupação eterna com vocês – ele disse. O que não era uma mentira.
Chloe respirou fundo e deixou as mãos correrem até as costas dele. Ela apoiou o queixo no peito dele e sorriu de lado.

-Vai ficar tudo bem. Vai dar tudo certo, lembra? – ela sussurrou olhando nos olhos dele.

-Não. Não esqueci – ele envolveu os braços em volta dela e se inclinou deixando um beijo gentil em sua testa.

Chloe fechou os olhos e cogitou perguntar a ele o que realmente o estava perturbando quando escutaram os pratos na prateleira atrás dela vibrarem contra a madeira. Ela se virou com um sorriso no rosto, sabendo o que a esperava. Ou quem.

-Chloe, é uma emergência – Clark disse olhando nos olhos da melhor amiga.

-Você sabe que é domingo hoje, Clark? – Oliver resistiu à vontade de bufar. Seu domingo tranquilo estava a ponto de ir para o espaço.

-Ele disse que é uma emergência, Ollie – Chloe virou a cabeça para o marido para adverti-lo.

-É uma emergência. E ela está entrando... sinto muito – Clark olhou para os dois com um olhar de desculpas antecipada.

-Chloe – Lois gritou de longe. Ela não parecia feliz.

-É o Godzila – Oliver levantou o dedo em alerta. – Sintam o chão tremer.

-Ollie – Chloe deu uma leve cotovelada em seu lado, tentando não rir e olhou para a porta por onde Clark tinha entrado. Seu melhor amigo também estava tentando segurar o riso. – Na cozinha Lo.

Dois segundos depois Lois marchou para dentro do cômodo, ignorando totalmente Chloe e Oliver, mas olhando fixamente nos olhos de seu noivo.

-Muito bonito Smallville. Me anunciando como se eu fosse a guerra, –ela cerrou os olhos para Clark antes admitir a presença de sua prima e seu marido no lugar. – E você, senhora – ela se aproximou bem devagar de Chloe e jogou os braços sobre ela. – Senti sua falta.


-Eu também senti sua falta Lois. – Chloe aceitou o abraço e deu sua contribuição ao aperto. 

Tinha acostumado a viver do outro lado do país, mas era em momentos como o que tinha vivido no ultimo mês e que ainda estava vivendo que mais sentia a falta do ombro de uma amiga. Em Star City não tinha nenhuma com quem pudesse desabafar sobre sua vida secreta.

Lois se afastou para poder olhar melhor para Chloe. Ela fez o que uma mãe faz depois de passar muito tempo sem ver um filho. Não tinha conseguido ver a prima depois que o escândalo sobre Moira explodiu e só as ligações e mensagens estavam fazendo sua preocupação bater no teto. Precisava colocar os olhos nels para ter certeza de que estavam bem. Ela sorriu.

-Obrigada por cuidar dela. – Lois olhou agradecida para Oliver e o abraçou.

-De nada, Lois. Mas eu meio que gosto dela também, então – Oliver provocou, mas sem perder o tom amigável da voz.

-Mesmo assim, – ela se afastou e olhou dele para Chloe e envolta. – Onde está meu homenzinho?

-Lá fora, – Chloe respondeu agarrando o braço de Lois. – Nós temos muita comida e vocês vão tomar café com a gente.

-Café? Mas que horas são? – Lois perguntou confusa. – Esqueça, não vou recusar um banquete da minha prima bilionária.

Oliver respirou fundo enquanto olhava as duas saindo da cozinha. Seu dia tranquilo tinha acabado de se transformar em um bem barulhento e movimentado, mas o som da gargalhada de Chloe fez o desapontamento voar para bem longe. E se antes estranhou, agora estava acostumado e feliz por ter uma família.

-Sinto muito ter interrompido, mas Lois estava ficando incontrolável e assustadora. Se ela não visse vocês hoje...

-Tudo bem. – Oliver andou até Clark e colocou a mão em seu ombro. – Eu sei como é.

Os dois olharam pela porta. Para Lois e Chloe abraçadas e balançaram a cabeça juntos.

-Sullivan e Lane.

-É – Oliver assentiu. Então apontou o caminho para o amigo. –Vamos?

O dia foi como Oliver planejou, mas não como imaginou. Eles tomaram um café bem demorado, conversaram muito e foram para a praia depois que Chloe e Lois pareceram prontas para desgrudarem uma da outra.

 Não poderia mentir e dizer que não tinha se divertido. Gostava de implicar com os dois, mas além de família eles eram uns de seus melhores amigos. O tempo voou de novo e o dia terminou diferente, mas tão bem quanto Oliver havia desejado. Connor ficava eufórico com Clark e Lois e Chloe mais leve depois de ver a prima.

A eles sobrou à noite. Que passaram juntos, só os três e depois os dois. Oliver deixou de patrulhar e levou Chloe para cama cedo, para que pudessem fazer tudo o que quisessem. Passaram algumas horas acordados, conversando, transando, planejando, brincando um com o outro, antes de enfim dormir.

Na manhã seguinte os três chegaram juntos e na hora a porta da escola infantil de Star City. Chloe olhou em volta a procura das mudanças na segurança que havia exigido a diretoria. Ela notou um segurança em cada esquina, um em cada lado do portão principal e ficou um pouco mais satisfeita.

-Relaxa.

Ela olhou para Oliver e sorriu sem graça. Então revirou os olhos para ele concordando. Connor caminhava alegre entre eles, segurando uma mão de cada e ela se forçou a relaxar. Ele estava bem, na verdade ansioso para voltar a escola. Teria que engolir seu sofrimento e se separar dele.

-Senhor e senhora Queen. Eu sou Amanda, a nova professora de Connor – uma mulher morena de aproximadamente trinta anos e um sorriso muito acolhedor se aproximou dos três.

-Sim. Oi. A diretora Andrew nos avisou que Connor teria uma professora nova – Oliver a cumprimentou educadamente. –Essa é Chloe.

-Muito prazer – a professora sorriu para Chloe com as mãos juntas no peito. Como se estivesse diante de um ídolo.

-O prazer é meu – Chloe respondeu sorrindo. Aquela mulher era o clichê da professora primária. Vestido florido, saltos e luvas brancas.

-E esse é Connor. – Oliver interrompeu depois de segurar o riso e colocou a mão na cabeça do filho.
-Oi Connor – Amanda se inclinou para Connor e ofereceu a ele uma mão. – Pronto para ir?

-Sim – Connor respondeu, mas não aceitou imediatamente a mão da professora. Em vez disso ele olhou para a mãe.

Chloe estava preocupada antes de chegar lá. Com medo na verdade, do modo como seu filho seria recebido. Estava pronta para levá-lo imediatamente se visse qualquer sinal de hostilidade, mas o modo como à nova professora estava olhando para seu filho lhe acalmou.

-Está tudo bem. Você pode ir agora – Chloe se abaixou e abraçou Connor.

-Ok – ele concordou e se virou para o pai, abraçando suas pernas.

-Até mais tarde garotão – Oliver levantou Connor rapidamente no ar e depois de deixar um beijo em seu rosto o devolveu ao chão.

Connor riu e balançou, depois arrumou a mochila nas costas. A professora nova estava oferecendo de novo a mão a ele. Ele olhou para ela por alguns segundos com desconfiança e aceitou. Enquanto ela o levava para o portão olhou mais uma vez para os pais e acenou antes que não pudesse mais enxergá-los. Sentiria saudade deles.

Chloe e Oliver acenaram para Connor até que ele sumisse entre as crianças. Depois Oliver passou o braço protetoramente em volta de Chloe e a levou de volta para o carro. Chloe se agarrou ao marido enquanto caminhavam. Seus pensamentos estavam tão longe que ela não se importou se estavam chamando atenção ou não.

-Você vai se acostumar – Oliver disse correndo as mãos pelas costas dela. – De novo.

-Eu sei. – ela concordou sem muita vontade. Tinha sido difícil a primeira vez que ele foi para a escola e seria de novo.

-Vamos lá. Agora você pode se concentrar um pouco mais em você e na sua carreira – ele queria dar a ela uma nova perspectiva.

-Isso se Rick aceitar minha proposta – Chloe disse pensativa.

-Claro que ele vai. Rick sabe o talento que tem nas mãos- Oliver apertou o ombro dela antes de se afastar para abrir a porta do carro para ela.

Chloe não disse nada, só trocou um olhar com ele e entrou no carro. Oliver fechou a porta atrás dela e deu a volta para o seu lado. Estava ansioso. Por Connor, por ela, por eles. Contaria a Chloe no final daquele dia o que estava guardando.

Depois de deixá-la no jornal da cidade Oliver voltou ao prédio das Indústrias Queen. Passou um mês inteiro alternando entre trabalhar em casa e lá e alguns compromissos acabaram adiados e acumulados. Mas agora, com todos voltando a suas vidas tinha toda a intenção de correr atrás do prejuízo.

Ele estava em sua mesa devidamente preparado para a primeira de muitas reuniões quando seu celular vibrou contra o vidro da mesa. Ele olhou para o aparelho e esticou o braço. Então o nome no identificador fez um arrepio involuntário subir sua espinha.

-Oliver Queen – Oliver atendeu formalmente.

-Sr. Queen. Aqui é a diretora Andrews – ela se identificou imediatamente.

-Sim – Oliver ficou tenso com o imediatismo e evidente nervosismo em sua voz.

-Eu não sei como dizer. Vou diretamente ao assunto.

-Por favor, faça isso. O que está acontecendo? – Oliver perguntou ficando de pé. O nome de seu filho explodindo em sua mente. – Ele está bem?

-Não... Eu, eu...eu liguei para a sra. Queen, mas ela não atende o celular.

-Ela está em uma reunião – Oliver pensou na esposa. – O que está acontecendo com meu filho? – sua pergunta saiu misturada a urgência e desespero.

-Ele estava bem, mas de repente começou a tremer e...acho melhor você correr para cá. É sério!

-Eu chego ai em dois minutos – Oliver desligou e correu pela porta. Levaria mais que aquilo para chegar à escola e desde já começou a pedir que Connor estivesse bem enquanto isso.

CONTINUA...
Faça a autora feliz, deixe um comentário, um beijo, um abraço...


14 comentários:

  1. Pela mãe do guarda, Roberta!!!!!!
    *respirando fundo*

    AMEI a atualização! Preciso nem dize que o início da história foi espetacular, né? [inveja da Chloe, ohhhhhhhhhhhhh]
    Coisa mais fofa esse retrato da família Queen, e a chegada da Lois e do Clark... Ri demais!

    E como dessa vez não apareceu o Lex pra me deixar com a pulga atrás da orelha, tem esse final com um suspense... Que será que aconteceu com o pobre Connor?????

    Quando é que sai o próximo capítulo?? #ansiosa

    Arrasou como de hábito, viu???

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    1. Inspira, expira hahahaha

      Que bom Ciça!Demorei, né?Mas fico feliz que pelo menos a atualização agradou. Sei que passou um mês, mas quis começar no mesmo clima que terminei o ultimo.
      Enfim eu trouxe a Lois para junto da família. Não é segredo que ela não é minha preferida, então pensei um pouco e achei que valia a pena uma participação.

      Sim, Lex foi dar um rolê, mas algo me diz que não por muito tempo. Vamos saber o que aconteceu com Connor logo no começo da próxima parte. Que deve sair logo ;)

      Muuuuuuito obrigada!!! *_*

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  2. Eeeee \o/\o/\o/ Deparar com I'm in Here quando se menos espera é show hehe

    Agora fiquei curioso. O que será que será que aconteceu com o Connor? Poderes do meteoro? Será? rsrs

    Gosto muito desses pequenos momentos do cotidiano deles que você coloca tão bem Roberta ;)

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  3. aeeeeeeeeeee \o/ delicia saber \o/

    O que será?O que será que aconteceu com o pequeno, será que ele tb é um infectado? =/

    Ah, que bom!! Dá uma enfeitada na história.
    Valeu Vinicius!! ;)

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  4. Adorei passear pelo dia a dia dos Queens ,agora eu também queria um Ollie pra esquentar os meu pés frios :(

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  5. Que bom, que bom! *-*
    Ai, quem não queria? <3
    Alguns querem uma Chloe, outras querem um Ollie. rs

    Obrigada!!!

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  6. capitulo incrível obrigada por escrever :)

    Alice

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    1. Imagina!!!!
      Eu que agradeço a vocês por lerem...e gostarem.

      Obrigada Alice, volte sempre \o/

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  7. QUEM NÃO QUER UM COBERTOR DE ORELHA COMO O OLIVER NÉ?!!ELE É SIMPLESMENTE PERFEITO!! BONITO, SENSUAL E ACIMA DE TUDO ROMÂNTICO... ESSA ATUALIZAÇÃO REALMENTE ALEGROU MEU FIM DE SEMANA, E COMO SEMPRE ESTOU AQUI ANSIOSÍSSIMA PELA ATUALIZAÇÃO!!
    DINY

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    1. É até covardia, não????
      99% quer!!!!!hahahaha

      Ah, Diny, que legal!!Se alegrou por dois minutos já fico feliz e satisfeita.
      Muito obrigada por sempre acompanhar.
      Valeu!!!!

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  8. Sempre tenho a mesma reação quando vejo atualização: \o/
    Fico com um sorrindo de orelha a orelha!! =DDDDD

    Com o frio que tá fazendo aqui, eu não reclamaria de um Oliver pra esquentar meus pezinhos... *-*

    Mais um capítulo divino, o momento família foi adorável, deu pra imaginar tudinho... aiaiaiai... eu já disse que amo o seu Connor, né? Vou dizer de novo: eu A.M.O o Connor! Ah, família mais linda e perfeita!!!

    A gora me diz: o que aconteceu com o pequeno? O que? Roberta espero que a resposta venha logo...

    Ansiosissima por respostas...

    GIL

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    1. Ah, que fofos vocês. Para...continua...para...hahahahaha

      Olha, GIL!Amiga!Não posso dizer que não pensei muito enquanto escrevia. Aqui tá frio tb =D

      Ah, Connor é cute, né? Não por que eu escrevo.
      Mas por que imagino o filho da Chloe e do Oliver cute e engraçado.
      Sem parecer um adulto, é claro.

      Posso contar, não. Só no próximo =) hehehe
      Valeeeeeeeeeeeeeeeeeeu!!!

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  9. Ok, eu desconfio da professora, kkk... meio esquisita, mas acho que só eu fiquei com essa impressão, sei lá, Connor não confiou nela a princípio, mas enfim, espero que não seja por causa dos meteoros, e queria que John tivesse lido mais coisas na mente de Lex, curiosíssima pra ver o que se passa com nosso vilão careca preferido... excelente capítulo, Roberta, finalmente consegui me atualizar \o/ e espero que vc consiga postar o próximo capítulo logo, preciso saber o que aconteceu com o Connor, agora, coitados, não têm um momento de paz desde a entrevista com o Lex...

    Beijos e parabéns por mais uma história fantástica...

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    Respostas
    1. Juraaaaaaava ter respondido o seu comentário Sof...Que estranho =/
      Mas enfim...

      Olha, ai sim!!Analises, analises. Adoro!
      Vamos ver se o que està acontecendo com o Con é natural ou não. Veremos.

      Ah, não se preocupe. Saberemos o que se passa dentro daquela careca logo logo.

      E fiquei muito feliz com sua atualização(sensação de que já respondi isso hahaha)...Fez muita falta. Leitora fiel!
      Obrigada!!!!!

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