quinta-feira, 1 de julho de 2010

To Catch the Devil’s Eye (NC-17)

Bom gente, como eu estava viajando nesses dias e não teve como levar meu pc, ainda não terminei o próximo capítulo de I'll Explain Everything(...), mas até domingo prometo que já vai estar aqui. Enquanto isso, agora que fics NC-17 são permitidas neste blog (he he he), vou postar uma. Ela não é focada nisso, mais nos acontecimentos anteriores a isso. É bem dramática, mas não é triste, se é que deu pra entender… É da Calie! Uma das minhas favoritas dela. É uma a versão dela para a volta do Lex, com um Oliver morto de preocupação (adoro isso xD ). Acho que vão gostar. Boa Leitura!

[Personagens e história não nos pertencem.]

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Chloe tremeu e cruzou os braços em volta de seu peito quando atravessou as portas do Planeta Diário. O ar frio fez um calafrio atravessá-la, fazendo-a se arrepender da saia que vestiu naquela manhã. O vento cortante doeu em suas pernas nuas e seu único conforto era puxar o terno que combinava com a saia ao redor de si e abotoá-lo em sua cintura. Seu salto de seis centímetros estalava contra o pavimento enquanto ela andava vivamente pela calçada, seus cachos loiros se debatendo em volta de seu rosto.

Uma mão agarrou seu braço e assim que ela virou com um sobressalto, algo foi pressionado contra o lado dela. Um homem não descrito pairou sobre ela com um olhar rígido nos olhos.

“O cano do revólver perfurando o seu lado é bem real, Srta. Sullivan. Alguém quer falar com você.”

Ele acenou com a cabeça pra frente e ela virou nessa direção, vendo uma limusine preta e comprida com a porta aberta, esperando. Houve uma pausa em que ela considerou tentar fugir correndo, então ele empurrou o cano da arma mais fundo, fazendo com que ela arfasse com a forte dor, e a empurrou pra frente.

“Vamos.”

A mente dela estava trabalhando, já determinando que ter acesso ao seu celular era impossível, especialmente quando o homem com a arma arrancou a bolsa do ombro dela. Clark, ela podia chamar o Clark, ele a ouviria. Gritar por ele em público seria perigoso, porém, impossível. Então o lado investigativo dela entrou em ação. Quem quer que esteja por trás disso, ela não podia chamar o Clark antes de descobrir sua identidade. Então quando ele a jogou no veículo ela ergueu o queixo, determinada a não demonstrar medo. Foi quando ela viu o rosto familiar do outro lado que suas emoções a traíram. Justamente quando ela abriu a boca, pronta para gritar, a porta bateu.

“Não há necessidade disso, Chloe. Kriptonita verde, alinhada por toda a limusine. Eu não acho que o Clark vai chegar perto, vai?”

Chloe gaguejou levemente, incapaz de encontrar uma resposta apropriada pra esconder seu medo. As sobrancelhas dele se ergueram levemente, esperando. A limusine entrou em movimento, sacudindo-a de seus pensamentos e ela engoliu seco, erguendo o queixo levemente. “Lex... Rumores dizem que você se juntou a um culto.”

“Sério?” Ele se inclinou pra frente e pegou uma água. “Você gostaria de uma?” Ao sacudir da cabeça dela ele encolheu os ombros e se recostou de volta. “Mas eu tenho certeza de que você achou que minhas cinzas estavam espalhadas por um beco em algum lugar de Metrópolis, certo?”

Ela fez o possível pra manter seu rosto neutro, não deixar sua expressão ou seus olhos trairem o conhecimento da morte dele, ou o que ela pensou que fosse a morte dele. “Por que a cena de filme dramático, Lex? Se você queria almoçar, você podia ter ligado.” Um sorriso se espalhou pelos lábios dele, frio e calculoso. Ela não gostou do sorriso.

“Eu não queria interromper seu almoço com a sua prima. Era onde você estava, correto?”

Ele não precisou de resposta, disso ela tinha certeza, então ela não disse nada. Mesmo assim, o silêncio dela pareceu agradá-lo. Ele a estava seguindo. Sabia que ela almoçava com a Lois toda quarta-feira, isso era certo. A grande questão era por quê, e a resposta não era difícil. “Você deve querer algo, Lex.”

“Sempre direto ao ponto.” Ele encolheu os ombros e foi em direção a uma pasta ao seu lado. “Sabe, Chloe, eu estive fora por um tempo. Tive bastante tempo pra pensar nas coisas, planejar,” ele sorriu, um brilho nos olhos dele, “olhar.”

“E ainda assim eu duvido que todo esse tempo gasto contemplando o mundo e seu significado fez de você uma pessoa melhor, o que explica a arma que machucou o meu lado. O que posso fazer por você, Lex? Eu assumiria que você não está aqui pra me matar, ou teria feito isso já há muito tempo.” A mão dele repousou sobre a pasta agora no colo dele e ela não pôde evitar desviar o olhar para ela.

“Quanta percepção da sua parte. Você sempre foi uma pessoa afiada, Chloe. Sempre um passo à frente.” Ele disse como uma observação, batendo de leve na grossa pasta sob sua mão, um olhar confiante em seu rosto.

Foi o que ficou por dizer que ela temeu. Sempre um passo à frente... O que quer que estivesse no colo dele, seria algo que ela não percebeu, algo que o deixou confiante de que era ele que estava um passo à frente dessa vez. “O que você quer de mim, Lex?”

“Lembra quando eu disse que estive olhando Chloe? Bem, você acabou de se tornar muito útil.” Ele disse com um sorriso e esticou a pasta pra ela.

Os olhos dela continuaram nele o tempo todo enquanto ela pegou a pasta, insegura sobre o que fazer sobre o sorriso confiante no rosto dele. De uma coisa ela tinha certeza, o que quer que estivesse nessa pasta não era bom. Engolindo seco, algo que ela deveria ter escondido, ela abriu a pasta. Esconder sua reação era quase impossível. Ela tentou, realmente tentou, mas tinha certeza de que parte dela era óbvia para os olhos minuciosos dele. No topo da pequena pilha estava uma foto tirada em um momento que ela não lembra. Era dela ao lado de seu carro na garagem do prédio da Luthor Corp, com o braço do Oliver em volta da cintura dela e os lábios dele pressionados contra os dela. Havia mais fotos, porém. A próxima era deles em uma lanchonete pequena, nada revelador, mas o sorriso no rosto dela era um que ela sabia que era só pra ele. Outra no carro dele estacionado no que parecia ser uma rua lateral, tirada de uma altura suficiente para que, enquanto Oliver se inclinava por sobre o console beijando-a, a mão por baixo da saia dela e entre as pernas abertas dela ficasse óbvia. A última foto era não só a mais reveladora, mas também era a mais invasiva. Deixou-a sentindo-se suja, usada, exposta. Como se algo que fosse importante tivesse sido roubado dela, contorcido em algo sujo. Era em um quarto de hotel em Los Angeles. Uma das poucas vezes em que ela tinha ido com ele em uma de suas viagens de negócios. Eles estavam na cama, um lençol felizmente os cobrindo, mas ela teve que pensar em que outras vistas o Lex teve. O corpo dela estava coberto pelo do Oliver, o peitoral dele pressionado contra as cotas dela. O corpo dela estava quase todo na cama e seu quadril, muito provavelmente, pressionado contra o dele. Não havia dúvida de que ele estava dentro dela, se introduzindo profundamente, com um braço enrolado na cintura dela como normalmente ficava. A cabeça dela estava para trás, boca semi-aberta, olhos quase fechados, cotovelos enterrados no colchão e mãos segurando os lençóis. Uma mão estava embaixo dela, enrolada em volta de seu pescoço, não para machucar ou causar dor, só para segurar. Desse ângulo parecia quase de natureza possessiva.

“Eu tenho que admitir, quando me disseram que o Oliver estava tendo algum tipo de relacionamento próximo com você, eu fiquei surpreso.” Ele esperou que ela o olhasse, sorrindo para a frieza nos olhos dela. “Você, uma garota de cidade pequena, nada notável sobre você a não ser a tendência de meter o nariz onde não deve. Então eu ignorei, porque achei que você não fosse assim tão pouco atrativa e pelas fotos parece que você é boa para rolar nos lençóis. Então, conhecendo o passado do Oliver com as mulheres eu imaginei que você fosse a mais nova ficante dele, um nó no encosto da cama.” Ele pausou para dar efeito, esperando alguma resposta, mas não houve nenhuma. Nenhuma palavra, nem mesmo um olhar para levá-lo a pensar que ele tinha machucado os sentimentos dela ou provocado a raiva dela.

Chloe ia deixar que ele chegasse a suas próprias conclusões, assumir que o que ela tinha com o Oliver era só pelo sexo. Ela estava ok com isso. Então ele se inclinou para frente, seus olhos se estreitando e o sorriso se esvaindo, e ela podia ver a determinação nos olhos dele, o ódio.

“Mas não é isso, é Chloe? Tem mais fotos no lugar de onde essa veio. Ele está apaixonado por você, não está? Escondendo você não porque você não é importante para ele ou porque está envergonhado, mas para escudar você, proteger você.” Se recostando de volta no banco de couro preto, Lex relaxou novamente. “Eu não consigo imaginar,” Lex disse lentamente, sacudindo a cabeça com preocupação fingida escurecendo sua expressão, “do quê neste mundo ele quereria proteger você?”

A ruga na testa dele, preocupação obviamente falsa, lentamente se esvaiu e em seu lugar os cantos da boca dele se ergueram, seus olhos se estreitaram levemente, um vislumbre predatório no olhar dele.

O rosto dela continuou impassivo, mas seu coração batia forte em seu peito. Lex queria fazer o Oliver pagar pelo que fez, e a usaria para isso.

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Ela tropeçou quarto adentro, olhando arregaladamente ao redor com medo, esperando alguma coisa, qualquer coisa.

“Sr. Luthor disse para tomar banho e colocar o que está no armário. Tudo o que você precisa está nesse quarto.”

Se enchendo da sua perspicácia, ela se virou. “Você pode dizer pra ele enfiar tudo.” Os olhos do homem se estreitaram.

“Você vai ou vai haver um preço a pagar. O vestido é formal. Se prepare apropriadamente. Se você não estiver pronta às cinco vai ter alguém aqui pra fazer isso por você.”

A porta bateu fortemente atrás do homem e ela se abateu. Por um curto tempo ela tentou se segurar, mas lentamente se sentiu desfazer. Enrolando os braços ao redor de si ela fechou os olhos apertados e lutou contra as lágrimas de medo. Não era normal pra ela se desfazer tão rapidamente, mas ela conhecia Lex muito bem, sabia do que ele era capaz, e se ele iria se vingar do Oliver através dela, ele iria mesmo. Ela viu o homem progredindo para algo frio e calculoso e quem sabe o que a ausência e o ódio fizeram com ele desde seu desaparecimento. Oliver eventualmente saberia que ela estava desaparecida, mas quem sabe o que o Lex tinha feito para orquestrar o seqüestro dela. Ele era capaz de qualquer coisa. Tudo o que ela podia fazer era entrar no jogo, e desejar que eventualmente alguém percebesse que algo estava errado.

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Logo antes das cinco a porta se abriu. Ela deu uma olhada no espelho que esteve se encarando por quem sabe quanto tempo desde que aplicou uma quantidade de mínima maquiagem, ajeitou o cabelo e vestiu o vestido de seda que de alguma forma fazia a sua pele se arrepiar. Ela o viu no espelho, vestido em um smoking e com um sorriso satisfeito no rosto.

“Bem, suponho que você se arruma direitinho, mas pelo que eu tenho visto, você se esforça mais para o Oliver, não é? Um pouco vermelha ao redor dos olhos também, não estivemos chorando, estivemos?”

Erguendo-se repentinamente ela se virou para ele. “O que é isso Lex? Vestindo-me para o meu funeral?”

“Eu não teria todo esse trabalho. Tenho outros planos pra você. Vamos.”

Eles se encararam por um momento e ela quis negar, porque não tinha idéia do que eram os planos dele pra ela. Nenhuma pista. Dizer não a ele seria inútil, porém; de forma alguma ela poderia lutar contra ele. Ela se levantou, o material de seda deslizando pelo seu corpo quando ela se movia. Ela odiava isso, o plano que ele tinha desenvolvido. Ele não somente tinha estado espionando ela, assistindo aos momentos mais íntimos dela com o Oliver, mas ele também sabia o tamanho que ela vestia, estando certo de que o comprimento não era muito grande por causa da baixa estatura dela. Ele tinha os sapatos apropriados, maquiagem e jóias prontas e esperando. Pra resumir, isso a assustava.

Ele andou na frente dela, atravessou a porta e ela o seguiu, como um cãozinho bem treinado, com dois homens seguindo atrás deles. Se ela se livrasse dele e pusesse as mãos nele, ela o faria se arrepender do dia em que nasceu.

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“Então, o que você acha do vestido?”

Chloe não se virou da janela à pergunta dele, e nem tentou uma resposta. Ele queria que ela visse pra onde eles estavam indo. Ou ele não se importava, ou ela não voltaria. Ela engoliu seco, quase incapaz de engolir com o nó na garganta.

“Sabe, roxo combina com você, apesar de eu sentir que você não gostou muito do vestido.” Lex riu para si mesmo, correndo os olhos pela forma dela de novo. “Eu assumiria que é a primeira vez que você toca qualquer tecido de mais de dois mil dólares.” Ele pausou por um momento e então sorriu. “Sem contar as roupas de Oliver Queen, claro.”

Virando a cabeça pra ele rapidamente ela o encarou. “Pra onde estamos indo?”

“É surpresa.”

“Não gosto de surpresas.” Ela esperou uma resposta, mas ele só sacudiu os ombros.

“Eu tenho pensado sobre isso há algum tempo, o melhor modo de usar você para meu benefício. Colocar uma bala na sua cabeça na frente do Oliver foi meu primeiro pensamento. Infelizmente, isso teria sido muito fácil.” Com um sorriso ele permitiu que seus olhos desviassem para a fenda do vestido dela. Os olhos dela seguiram os dele e ela rapidamente fechou a fenda, escondendo sua pálida coxa da vista dele. Só o deixou mais exasperado. “Sabe o que a Lana fez para proteger o Clark?”

Foi preciso toda a sua força de vontade para não arregalar os olhos, e escorregar para longe dele no banco, ou tremer pelas implicações do que ele disse. “Lana era diferente na época. Ela não entendia bem as coisas. Eu não sou essa pessoa.”

“Não?” Ele perguntou, sobrancelhas erguidas em questionamento. “Isso vindo de uma garota que faria qualquer coisa pra proteger seus amigos? A mesma garota que se sacrificou para Davis Bloom para proteger o Clark? Você não faria o mesmo pelo Oliver? Talvez os sentimentos dele sejam mais profundos que os seus, eu suponho.”

Ele a encarou e ela sabia que ele esperava ver algo no rosto dela, para dá-lo uma dica da reação dela, do que ela sentia pelo Oliver. Virando a cabeça, ela olhou para a janela de novo. Um leve toque deslizou pelo braço dela. Dessa vez, incapaz de se conter, ela saiu de perto dele e tentou levantar e ir para o assento perpendicular, mas a mão dele segurou o pulso dela. Com o controle perdido, ela virou a mão e conectou a palma com o lado do rosto dele. Ele puxou fortemente o pulso dela e, antes que ela pudesse lutar de volta, a mão dele se conectou com a bochecha dela, não muito forte, não forte o suficiente para deixar uma marca, mas doeu, trazendo lágrimas aos olhos dela. O choque a imobilizou por um momento, longo o suficiente para ele pegar o outro pulso e jogá-la no outro assento. Ela lutou contra ele, chutando-o, mas o vestido estava enrolado nas pernas dela, tornando isso impossível e então ele estava em cima dela, suas pernas prendendo seu corpo e segurando os braços dela acima da cabeça. Ela se sacudiu, tentando jogá-lo de cima dela, mas isso não aconteceu.

“Pára ou eu te bato mais forte da próxima vez.” Quando o corpo dela parou, ele riu pra si mesmo. “Não gosta da idéia?”

“Dá um tempo,” Chloe cuspiu com raiva. “Você?" Ela riu altivamente. A idéia não era necessariamente engraçada, mas rir era melhor que chorar. “Depois de ter estado com o Oliver?” Os olhos dele se estreitaram e ela teve que decidir em um segundo se valia à pena continuar. Ela resolveu só responder. “Sem chance na sua vida.” Ela tarde demais porém, o rosto dele se contorceu de raiva e ela sentiu a mão dele no cabelo dela, puxando as raízes. Mordendo os lábios, ela lutou contra o grito, mas ele puxou mais forte, levando a cabeça dela para trás até que ela não teve escolha senão gritar. A dor se dissipou quando ele soltou o cabelo dela. Ela nem ajeitou a cabeça, satisfeita em deixá-la arqueada para trás, desde que ela não pudesse ver o rosto dele. Então ela o sentiu se mover, e uma mão tocar sua coxa por entre a fenda de seu vestido. “Sai fora!” Ela chutou com um fervor renovado, puxando o braço e se debatendo contra o corpo dele. As pernas dele se apertaram ao redor dela e a mão nos pulsos dela apertou dolorosamente, pressionando as mãos dela profundamente contra o assento em um ângulo doloroso. A mão na coxa dela parou bem antes de chegar no quadril e apertou com tanta força que ela sentiu o ar sair de seu corpo. “Eu vou te matar, Lex!”

“Pára com isso,” ele rugiu enraivecido, enterrando suas unhas na carne da coxa dela. “Pára com isso ou eu vou além e faço algo que você realmente não vai gostar.”

“Sr. Luthor, chegamos.”

A mão dele deslizou pela coxa dela e ela parou por um momento, respirando pesadamente, seu peito ficando pesado com o esforço. “Me solta.” Suas palavras foram lentas e exigentes, mas o coração dela estava na garganta, com medo.

Com um rosnado ele se inclinou pra frente, cobrindo o corpo dela com o dele e parando há poucos centímetros do rosto dela. “Não pense que a idéia de tirar você do Oliver não passou pela minha cabeça. O que seria dele ao saber que seu amor tinha sido roubado por mim? Talvez você devesse perguntar ao Clark como é?”

Os lábios dela se curvaram levemente à conclusão dele de que isso seria tão fácil, que eles seriam tão fracos para serem manipulados. “Diga-me você, Lex. O que você acha que o Oliver faz quando você machuca as pessoas que ele ama?” Houve um tremer nos olhos dele, uma tensão no rosto dele, o que fez com que ela percebesse que ele sabia exatamente o que o Oliver faria, do que ele era capaz. Era provavelmente o único motivo pelo qual ela ainda não estava morta. Ele sabia que se a machucasse, nada impediria o Oliver de o encontrar.

Então tão rapidamente quanto apareceu, a tensão se foi. O rosto dele relaxou e ele saiu de cima dela. Ela rapidamente se sentou e saiu de perto dele.

Lex se virou para a porta e bateu nela de leve. “Tente colocar sua melhor expressão para fora, Chloe. Nós não queremos fazer uma cena.”

Quando ele saiu do carro ela considerou seguir ou não, mas sabia que dificilmente tinha escolha. Não houve mão nenhuma par ajudá-la e ela ficou grata por isso. Quando se levantou, olhou para a grande mansão em sua frente. “Onde estamos?”

“Na mansão do governador.” Ele segurou o cotovelo dela e a virou com um sorriso. “Não sabia que hoje era o baile anual para levantamento de fundos?”

A respiração dela se prendeu e ela tropeçou quando ele a puxou pra frente, quase caindo no primeiro degrau. O problema era que ela sabia. Sabia porque estava no calendário do Oliver.

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Havia sussurros chocados, olhos arregalados, bocas abertas. Todos estavam chocados com a aparição de Lex Luthor, um homem sobre quem as pessoas tinham ouvido rumores por dois anos. Ela os ouviu, mas mal os viu. Ao invés disso, os olhos dela escanearam loucamente o ajuntamento de pessoas, pés preparados para correr não importam as conseqüências. Um homem se aproximou deles, e então um casal, todos fazendo perguntas de forma selvagem, e então ela ouviu o nome dela.

“Eu gostaria que vocês conhecessem uma amiga minha, Chloe Sullivan.”

A última coisa com que Chloe se importava era aparência, mas o modo como Lex a segurava fortemente pela cintura chamou a atenção dela e a forçou a olhar para o grupo de pessoas na sua frente. “É um prazer conhecê-los.” Eles murmuraram suas respostas, mas rapidamente voltaram a falar com Lex.

Então ela o viu do outro lado do salão, seus passos regulares no início, e então tudo se registrou no rosto dele e ele diminuiu os passos, parando no lugar. Ela olhou ao redou loucamente. Não importa, ela não liga para o que o Lex pode fazer. Ela se moveu rapidamente, tentando escapar, mas o braço dele deslizou ao redor da cintura dela, prendendo-a contra o peito dele, e a outra mão se enroscou no bíceps dela.

“Eu ainda tenho armas por perto, Chloe. Não se mova.”

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“Sr. Queen?”

Oliver desviou o olhar do telefone com as sobrancelhas enrugadas, mal registrando a pergunta do homem. “Desculpe, eu estava esperando uma ligação importante. O que você dizia?”

Logo quando o senador abriu a boca para continuar outro homem passou por eles, um que o Oliver mal reconhecia.

“Lex Luthor está aqui.”

Antes que o senador pudesse questioná-lo melhor, Oliver segurou o braço dele. “O quê?” ele perguntou bruscamente. O homem pareceu surpreso com a atitude bruta dele. “O que você disse?”

“Lex Luthor, ele acabou de entrar,” o homem gaguejou.

Sem pensar duas vezes ele pegou o celular do bolso pronto pra ligar pra alguém. Ligar para Chloe, ou pelo menos tentar, ou Clark, alguém. Ele estava com o celular na mão, pronto para digitar quando ele finalmente pôde ver a entrada e o ajuntamento de pessoas perto, seu coração pulou um batimento no peito. Do outro lado do salão estava não só Lex Luthor, o que já era um choque, mas a pior parte de tudo foi ver Chloe ao lado dele e o braço dele em volta da cintura dela. Por um segundo os cenários mais bizarros passaram pela sua cabeça. Porque ela não estaria ali com ele, toda bem vestida, em roupas e jóias caras. Então tinha que ser um clone, ela sofreu uma lavagem cerebral, talvez seja um metamorfo. Aquela não podia ser sua Chloe. Então assim que esse segundo se passou, quando sua imaginação viajou, ele finalmente pôde percebê-la. O jeito com que o corpo dela se afastava dele, o rosto pálido dela, o olhar dela, preocupado e assustado. Ele olhou em volta rapidamente, tentando achar algo que pudesse impedi-lo. Quando olhou de volta ela se moveu, saiu de perto do Lex e em direção a ele. Os pés dele se moveram levemente pra diminuir a distância entre eles quando ele viu Lex segurá-la. Já era ruim vê-la ao lado dele, ver a mão dele no quadril dela, mas então o braço dele estava ao redor da cintura dela e o corpo dele contra o dela. A situação era íntima demais, tanto que ele mal podia ver ou se conter. Dessa vez ele se moveu, dando vários passos em direção a ela, mas ela sacudiu a cabeça rapidamente com um olhar implorador. Desviando o olhar para o homem careca ao lado dela, ele encontrou os olhos dele e viu quando um sorriso lentamente apareceu em seu rosto.

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“Me deixa ir,” Chloe sussurrou, puxando o braço levemente, seus olhos ainda no Oliver o tempo todo. “Ele não vai me deixar sair daqui com você.”

“Disso eu não tenho dúvida.” Um casal parou para expressar sua satisfação em vê-lo e ele os agradeceu apropriadamente antes de voltar a atenção à Chloe. “Eu imagino como ele se sente vendo você aqui comigo.” Ele deslizou o braço em volta dela puxando-a contra seu corpo. Quando ela lutou para se afastar ele apertou o braço.

“Uh uh. Não queremos colocar a vida do pobre Oliver em perigo, queremos?” Os movimentos dela cessaram, fazendo ele sorrir. “E você ainda diz que nunca aceitaria isso pra mantê-lo seguro.”

“Eu odeio você,” Chloe rosnou pra ele. “Você não vai precisar se preocupar com o Oliver poder te matar, confia em mim.”

“Que doce. Vamos dançar?” Ele resistiu no começo, mas o seguiu obediente com o puxão dele. Uma vez no centro da pista de dança ele a puxou para seus braços. “Posso ver o que Oliver vê em você. Embaixo dessas roupas,” ele deslizou uma mão pelas costas dela e pressionou contra a bunda dela, puxando o quadril dela contra ele, “você tem um corpo muito bonito.”

Chloe se retesou, tentando se afastar, mas a mão dele apertou quase dolorosamente.

“Não é como as usuais altas, pernudas e magras vagabundas que Oliver Queen carrega no braço. Não, você é cheia de curvas e pele pálida.” Ele deslizou a mão mais embaixo e baixou a cabeça para sussurrar no ouvido dela. “E acredite Chloe. Eu vi tudo.”

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O telefone tocou e ele atendeu sem olhar, os olhos dele nunca deixando os dela. “Alô?”

“Eu posso ver Chloe daqui, Oliver, e eu sei o que você está pensando, mas espere.”

Os olhos dela deixaram os dele quando os passos da dança forçaram-na a virar com o Lex. Quando ela ficou de costas, ele viu a mão de Lex no traseiro dela, seus dedos curvados na carne macia.

“Não, Oliver!”

Foi a voz do Clark que o fez perceber que ele já estava dando passos em direção à pista de dança. “Ele está praticamente molestando ela em público, só para o meu benefício. E você quer que eu simplesmente fique aqui?”

“Sim, ele está fazendo de propósito, tentando te fazer explodir. Você sabe disso. É o que ele quer. E pode ser por mais motivos do que simplesmente te machucar. Você não sabe o que ele vai fazer com a Chloe ou com você se você confrontá-lo. Ela ainda não fez nada, deve haver um motivo.”

“E quando ele se esgueirar daqui com ela?” Ele perguntou brusca e enraivecidamente. Os riscos que se danem, ele não iria esperar muito.

“Isso não vai acontecer. Eu não vou deixar isso acontecer.”

Os olhos dela estavam nos dele de novo e então ela os fechou apertados, se escondendo dele, escondendo qualquer emoção que ela experienciava no momento. Isso o deixou doente, vê-la nessa situação, vê-la ter que esconder o que ele sabia que estava lá. O Lex a vestiu como um tipo de boneca, expondo-a por aí em público. Tudo para provar algo, para provar que ele podia. O que aconteceu durante o tempo que o Lex esteve com ela? Victor levou segundos pra baixar as filmagens de câmeras das redondezas do Daily Planet. Lex havia levado ela depois do almoço com a Lois. Os joelhos dele ficavam fracos só de pensar que Lex esteve com ela por horas, e ele nem ficou sabendo, se contentando com uma mensagem de texto lá pelo meio da tarde. Ele deveria saber, de alguma forma ele deveria saber.

A música terminou e eles se separaram. Oliver queria que isso tivesse o aliviado um pouco, ver algum espaço entre eles, mas não aliviou nem um pouco o medo e os pensamentos sangrentos que corriam pela cabeça dele. Seus olhos continuaram na Chloe até que ele viu Lex pelo canto do olho e então eles estavam vindo na direção dele. “Eles estão vindo.” Oliver disse rapidamente e jogou o telefone no bolso sem nem se importar em desligá-lo. Por um momento ele temeu que eles pudessem desviar o caminho, mas lentamente, a distância entre eles diminuía até que eles estavam parados há poucos passos dele, uma distância curta o suficiente para que Oliver pudesse alcançá-la e pegá-la. A única coisa que o impedia eram os dois homens parados atrás do Lex.

“Oliver,” Lex começou suavemente, “Estou surpreso em você não ter vindo dizer oi.” Quando o outro não respondeu ele sorriu. “É um brilho assassino que eu vejo nos seus olhos?”

“Se você machucar ela--“

“Você vai fazer o quê? Me matar?” Lex riu e olhou pra Chloe. “Não se preocupe... sua pequena parceira de cama está intacta. Um pouco abalada talvez.” Ele virou para Oliver, o sorriso lentamente sumindo do rosto dele. “Sabe, eu tenho que admitir, eu nunca veria vocês dois juntos.” E então ele estava sorrindo, satisfeito consigo mesmo de novo. “Mas as imagens falam mil palavras, e contam uma história bem diferente sobre a nossa Chloe Sullivan de uma cidade pequena.” De repente ele jogou a Chloe para cima do Oliver e deixou seu sorriso sumir, seus olhos ficaram duros, mostrando pela primeira vez a verdadeira raiva por trás da fachada. “Você talvez queira cuidar melhor do que lhe pertence, Queen.”

O braço dele se apertou na cintura dela, quase desconfortavelmente quando ele a abraçou contra seu peito, com a outra mão pressionada contra as costas dela. Era difícil respirar dentro do forte abraço dele, mas ela não se importava, recebendo bem a sensação dos braços dele em volta dela. Ela tremeu levemente, vendo com alívio o Lex se virar e ir embora, levando os dois assassinos com ele.

“Você tá bem?”

Ela virou a cabeça pra ele, a dor na voz dele fazendo os olhos dela arderem com lágrimas. Sabendo que falar seria impossível ela nem tentou, simplesmente acenou com a cabeça.

Ele acenou de volta tirando o telefone do bolso. “Eles estão saindo, siga.”

A mente dela rapidamente entrou em funcionamento, brigando com ela pela sua fraqueza. “É o Clark?” Ele balançou a cabeça.

“Não. Não siga. Eles têm kriptonita verde, por isso não pude chamar por ele. Estão preparados para o Clark.”

Oliver franziu a testa em resposta. “Ouviu isso? Só veja pra onde eles vão.” Apertando FIM, ele colocou o telefone de volta no bolso e se focou no rosto dela. Com as pessoas se acumulando ao redor deles, conversando, bebendo, ele não podia nem começar a perguntar tudo o que queria. Então soltou um suspiro irregular e levou a mão ao rosto dela, precisando do contato. Os olhos verdes dela espiavam ele, e então ela os fechou, deixando a cabeça cair no peito dele. “Vem,” ele sussurrou suavemente no ouvido dela. “Eu vou tirar você daqui.”

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Oliver bateu a porta do motorista e ligou o carro, pisando fundo no acelerador e arrancando. Quando eles voaram pelo portão da mansão do governador ele olhou pra ela, notou os braços dela em volta do corpo, o jeito com que ela olhava pra baixo, sem se mexer. “Chloe, olha pra mim.” Ela não se moveu, e isso fez o coração dele bater forte no peito. Depois de mudar a marcha ele esticou o braço e pegou o dela. “Olha pra mim.” Ela deu um leve pulo e virou a cabeça. “Você tá bem. Eu não vou deixar que nada aconteça, ok?” Ela fez que sim com a cabeça, tremendo levemente. “Aconteceu alguma coisa?” Quando ele tirou os olhos da estrada e olhou pra ela novamente, ele deu de cara com um olhar doloroso no rosto dela. “Chloe?” A boca dela se abriu levemente, mas nada saiu, e então o pânico tomou conta. Olhando pra trás pra ver se vinha algum carro seguindo ele saiu da estrada bruscamente e pisou com força no freio. Ela se sobressaltou, mas ele mal percebeu. Jogando o carro em ponto morto ele se virou pra ela e segurou o rosto dela nas mãos. “Ele tocou em você?” A boca dela se abriu algumas vezes, mas nada saia.

Tentava desesperadamente encontrar as palavras pra dizer a ele o que aconteceu, mas não conseguia. A última coisa que ela queria era contar ao Oliver sobre as coisas que o Lex tinha dito, sobre as fotos, sobre quando ele a tocou. Então ela viu a dor no rosto dele, os olhos dele brilhando com lágrimas, o que ela de repente notou, e então ela esqueceu o Lex. “Não!” Ela exclamou e sacudiu a cabeça furiosamente. Sem saber exatamente o que fazer ela segurou as mão dele no rosto dela e então as moveu para o dele, ainda sacudindo a cabeça. “Não, não Oliver. Nada assim.”

Ele respirou novamente, sem nem perceber que estava segurando a respiração. “Você jura?” Ela balançou a cabeça rapidamente. Com um suspiro ele envolveu a mão por trás do pescoço dela e puxou-a pra frente, enterrando o rosto dela em seu peito. Por um momento ele simplesmente a segurou, alívio correndo por ele. Porém por mais que ele quisesse abraçá-la, ele não se sentia confortável em ficar ali, no acostamento de uma estrada vazia. Com um beijo no topo da cabeça loura dela ele se afastou relutantemente e voltou a dirigir, determinado a voltar à Torre do Relógio o mais rápido possível.

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As mãos dele não se perderam das dela em momento algum desde quando eles saíram do carro. Oliver a manteve perto, e ela estava grata por isso. Ele a segurou em seus braços enquanto subiam no elevador, soltando somente um braço quando eles chegaram ao topo. Depois que o portão estava seguro e o alarme de segurança armado ele virou pra ela de novo, puxando-a contra ele no meio do apartamento dele. O silêncio era pesado sobre ela, o único som que ela ouvia era do batimento do coração dele no ouvido dela e sua própria respiração. Foi ali que tudo se repetiu na mente dela. Apertando os olhos, tentando fazer com que as imagens de Lex desaparecessem, ela se afastou. “Eu preciso tomar banho.”

Oliver a olhou preocupado, afastando o cabelo dourado do rosto dela. “Você não quer ir direto pra cama?” Ela sacudiu a cabeça rapidamente.

“Não, eu só--“ Ela apertou os lábios, sem querer dizer pra ele que ela precisava se lavar disso tudo, tirar isso tudo dela. “Eu só preciso tomar banho.”

“Ok.” Ele balançou a cabeça e beijou a testa dela. “Vamos.”

Chloe o deixou guiá-la até o banheiro, mesmo que ela já tenha ido lá várias vezes. Foi só quando ele acendeu a luz e ela viu seu reflexo no espelho que tudo caiu sobre ela, batendo contra o peito dela e fazendo com que o estômago dela se revirasse com náuseas. Ele estava em todo lugar, nela toda. Cobrindo cada centímetro dela. Ela não parecia ser do Oliver, ela não parecia ela mesma. Ela parecia ser do Lex. Alcançando o colar, ela o agarrou e puxou. Quando ele não cedeu, ela gemeu e puxou de novo, dessa vez arrebentando a corrente de diamantes. A mão dela soltou o colar imediatamente e pegou os brincos, arrancando-os de sua orelha ignorando a dor quando eles foram forçados para fora das rosquinhas. Depois ela passou para o zíper atrás dela, mas ele não cedia. Ela puxou novamente, determinada a tirá-lo, mesmo se tivesse que rasgá-lo do seu corpo. Ou porque estava preso ou porque a insistência dela tornava impossível, o zíper não cedia. “Tira isso,” ela choramingou e segurou o tecido no seu quadril, puxando bruscamente, mas o vestido não saía. “Tira isso.” As mãos dele estavam nas costas dela, mas não foram rápidas o suficiente, ela já estava tentando abrir o zíper de novo, sufocada no pensamento de ficar presa no vestido roxo, seu inferno pessoal.

Oliver amaldiçoou silenciosamente enquanto puxava o zíper de novo, mas as mãos dela empurrando as dele freneticamente tornava impossível que ele visse algo. Ela estava respirando penosamente, ele podia ver o peito dela subindo e descendo em alta velocidade. Mas não era só sobressalto, era pânico, ela estava hiperventilando.

Empurrando as mãos dela da frente ele segurou o tecido dos dois lados do zíper e o puxou violentamente. O vestido rasgou facilmente, a seda se soltando da costura. Sem esperar que ela o tirasse, ele prendeu os polegares no sutiã sem alças e, ainda segurando o vestido, as mãos dele puxaram bruscamente, com os polegares correndo pelos lados dela e levando junto a calcinha. Tudo roxo. Ela saiu de cima rapidamente, deixando os sapatos dourados para trás, e se afastou. Pegando todas as ofensivas vestimentas e as jóias do chão, ele jogou porta afora e a bateu. Quando ele se virou pra ela, ela estava parada lá, nua, ainda respirando pesadamente, mas nem de longe tão mal quanto antes. Assim que ele olhou pelo corpo dela mais uma vez, pra ter certeza de que nada estava fora do lugar, ele notou a coxa dela. “O que é isso?”

Ao som da pergunta dele ela abriu a boca pra perguntar ao quê ele se referia, mas ele foi mais rápido, já se ajoelhando na frente dela e apalpando a coxa dela, as sobrancelhas enrugadas quando ele colocou a mão sobre o hematoma, seus dedos se alinhando quase que perfeitamente com as marcas roxas. Quando ele olhou pra ela, seus olhos castanhos estavam firmes. Se ela pudesse mentir, ela teria mentido, mas ele a conhecia bem. Ele sabia que algo havia chateado ela. “Lana casou com o Lex pra manter Clark seguro. Lex me lembrou disso.” Ela pausou, sem saber como prosseguir agora que ele estava à par das intenções do Lex. “Eu bati nele quando ele me tocou, e... e ele me empurrou contra o banco da limusine.” Ela tremeu com a lembrança. A diferença era que a Lana tinha sentimentos pelo Lex naquele tempo, mesmo que esses sentimentos nem mesmo rivalizassem com os sentimentos pelo Clark. Chloe não sentia nada além de nojo. Ela preferia morrer a fazer o que ele sugeriu.

Ele se levantou lentamente, tentando controlar a raiva. Se ela visse, ela iria parar. Oliver sabia como a Chloe funcionava, se ela achasse que estaria o protegendo, ela não diria nenhuma palavra. Lentamente, ele se lembrou da fenda no vestido. “Você disse que ele não tinha tocado em você.”

“Isso foi o mais longe a que chegou,” ela sussurrou suavemente, odiando ter que admitir que o Lex pôs as mãos por baixo do vestido dela.

Chloe não o deixaria tocá-la sem lutar, ela teria arrancado os olhos dele, mas não havia marcas no rosto dele. “Ele te empurrou contra o banco?” Normalmente o rosto dela não era tão fácil de ler, ele levou um bom tempo até ficar bom nisso, mas naquela noite, ele estava como um livro aberto. As sobrancelhas dela se juntaram levemente e ele sabia a resposta. Ele pegou os pulsos dela e os levantou, não havia nenhum sinal superficial, mas olhando pra ela enquanto os esfregou, ele percebeu que ela fez uma careta. “O que mais?”

“Nada,” ela disse rapidamente e sacudiu a cabeça, muito rapidamente. Os olhos dele se estreitaram com a resposta dela. “Foi só isso.”

“Você está mentindo,” ele disse sombriamente. Ela sacudiu a cabeça de novo. Pegando a cabeça dela nas mãos, ele a inclinou para trás, forçando-a a olhar pra ele. Os olhos dela se encheram de água e ele tinha que saber. Se ela se recusasse a contar, ele encontraria o Lex e engasgaria a resposta dele. “Me diz, Chloe.”

“Ele me bateu de volta,” ela disse finalmente. Os dedos dele apertaram as bochechas dela e ele fechou os olhos, respirando profundamente. Ela esperou imóvel, que ele se acalmasse, não querendo sair das mãos dele. Quando ele a olhou novamente ela reconheceu aquele olhar, um que vinha das profundezas sombrias da alma dele quando ele não podia mais lidar com a situação. “Ollie...” Ela começou, colocando as mãos no peito dele, tentando acalmá-lo.

“Vem, vamos te limpar.”

As mãos dele caíram dela e ela só assistiu enquanto ele se despia, sem saber se deveria tentar de novo, pedir pra que ele não fizesse nada drástico. Porém uma parte dela, uma parte similar à que ela viu nos olhos dele, quase queria que ele fizesse. Era o motivo pelo qual ela não disse nada em primeiro lugar. Ela tinha concordado, mesmo que não quisesse. E agora, com um alvo pintado nas costas do Oliver e nas dela, era o Lex ou eles. E se o Oliver chegasse em casa uma noite, admitindo ter matado o Lex, ela não usaria isso contra ele. Então ao invés de continuar o assunto ela se manteve em silêncio, rezando para que de manhã quisesse tentar falar com ele de novo.

Eles tomaram banho em silêncio, mas Chloe não precisava de palavras. Ela já falara sobre isso o suficiente, e não precisava ouvir a preocupação dele, podia vê-la em suas ações. Quando ela foi pegar o xampu, ele pegou da mão dela, completando ele mesmo a tarefa, mal deixando que ela se banhasse. As mãos dele eram uma presença constante no corpo dela e ela não podia evitar se sentir atraída por ele, querer ficar mais perto.

Quando eles terminaram de tomar banho ele pegou uma grossa toalha preta e enxugou o corpo dela. Começando com o rosto, então indo para os braços. Quando ele chegou aos seios ela se arqueou levemente pra ele, precisando do contato íntimo. Ele continuou descendo, secando a barriga dela, os quadris e então as pernas, e então finalmente esfregando a junção entre as pernas dela. Ela mordeu os lábios e gemeu, desejando que pudesse ter se segurado, porque suspeitava que essa não tinha sido a intenção dele. Ele virou os olhos pra ela ao ouvir o som, e ela não pôde evitar se sentir um pouco envergonhada. A toalha caiu no chão e bem quando ela esperava que ele se levantasse ele se inclinou pra frente, passando a língua pela fenda exposta dela. Não havia onde se segurar, então ela segurou em um dos ombros e no cabelo molhado dele.

A língua dele estava quente e molhada, abrindo suas dobras e tocando seu clitóris. Ela tremeu com o contato, se segurando nele enquanto ele sugava seus nervos. Então ela sentiu a língua dele novamente, entrando nela. Ela gemeu no fundo da garganta, já sentindo a pressão dentro dela implorando por mais. Ele eventualmente se afastou e se levantou, e por mais que ela tivesse ficado desapontada ela sabia que ele ainda não tinha acabado.

Tocá-la pareceu ser uma necessidade. Banhá-la, secá-la, ele sentia necessidade de fazer tudo. Receber aquela resposta aos seus toques tinha sido inesperado. Mas ele ouviu-a gemer, viu a necessidade, e de repente tocá-la já não era suficiente. Ele queria estar dentro dela, precisava estar dentro dela. Agarrando as coxas dela ele a carregou sem avisar, e ela enrolou seu corpo em volta do dele, nua e quente.

Chloe suspirou, deixando a cabeça cair no ombro dele. Normalmente ela teria encontrado os lábios dele em um beijo apaixonado, mostrando o quanto ela precisa dele. Mas essas vezes eram diferentes, agora ela só queria senti-lo, segurá-lo contra ela, enterrar seu rosto no pescoço dele e se esconder do mundo.

Quando as costas dela tocaram o colchão ela deixou a cabeça rolar para trás, abrindo os olhos lacrimejantes para ele. Ela estava cansada, esgotada, precisando dormir, mas ela abriu sua boca pra ele quando os lábios dele encontraram os dela, segurou o corpo dele contra o dela com as pernas em volta dele. Assim que o comprimento dele se pressionou contra ela, ela sentiu a mão dele entre eles e então a ponta dele estava cutucando suas dobras, pressionando uma, duas vezes e então deslizando para dentro, preenchendo-a até a borda.

Ela estava cansada, suas barreiras despidas, revelando o quão fraca ela podia ser, o quão assustada, o quão facilmente Lex Luthor podia manipulá-la. Ela sentia como se fosse só metade de si mesma. Em alguns dias ela voltaria ao normal, mas no momento ela estava exposta. Ainda assim ela aceitou Oliver dentro dela, não importa o quanto ela precisava dormir, precisando senti-lo dentro dela, em volta dela. Ele estava em todo lugar.

Ela sentiu a testa dele contra a dela, mas ainda assim não abriu os olhos. Os lábios dele tocaram os dela e então ele envolveu um braço na cintura dela, puxando-a mais para alto da cama e indo mais fundo. Chloe abriu os lábios contra os dele, suspirou com prazer enquanto ele parecia se esforçar para preencher todos os espaços dentro dela. A respiração dele se misturou com a dela, lábios ainda se tocando.

“Chloe,” ele engasgou, a emoção fazendo com que fosse quase impossível para ele falar. Cansados olhos verdes o olharam e ele já sentiu se coração ficar contrito. Ele precisava dela a já não podia esconder isso. “Eu te amo.” Ele esperou um doloroso segundo, ainda dentro dela, acreditando que ela sentia o mesmo, mas ainda tão inseguro. Os olhos verdes dela se arregalaram levemente, brilhando na luz. Amar alguém não deveria ser tão bom e machucar tanto ao mesmo tempo.

Segurando a bochecha dele com uma mão ela piscou, ignorando as lágrimas que desceram pelas têmporas dela. “Eu também te amo.” Houve um momento em que ele simplesmente a encarou, e então eles estavam se beijando, mais insistentemente que antes, línguas se enrolando uma com a outra, lábios se movendo freneticamente. Seus corpos se encontraram com uma necessidade renovada até ela arrancar a boca dela da dele, incapaz de conter um grito que ela sabia que estava chegando. Ele levantou mais ainda os quadris dela, encontrando aquele ponto que a derrubaria. O cansaço a deixou enquanto os dedos dele acariciavam seu clitóris, e então ela se arqueou, olhos arregalados olhando para o teto, choramingando o nome dele.

Quando o nome dele saiu dos lábios dela ele se perdeu, caindo do precipício que ele já beirava desde o primeiro empurrão dentro dela. Não era sua melhor aventura no sexo com ela. Porém não era sobre isso, ele simplesmente precisava dela, precisava estar dentro dela. Não precisava fazê-la gritar, implorar, choramingar, chamar por ele. Era só uma necessidade básica e desesperada de senti-la.

Minutos depois ela estava curvada contra o corpo dele, com as pernas apertadas em volta dele e o rosto enterrado no peito dele. Quando ela tentou se mover para mais perto foi sem sucesso. Então ela se moveu mais para cima no corpo dele, enterrando o rosto em seu pescoço, tentando empurrar os pensamentos que continuavam tentando voltar à tona em sua mente. Quando ele se virou de lado, levando-a com ele, envolvendo os braços nela, jogando uma perna por sobre a dela e segurando-a contra seu peito, ela ficou agradecida.

Lex Luthor nunca tocaria nela novamente, e ele queria dizer isso a ela, tirá-la da preocupação, assegurá-la do fato. Porém estava relutante em arruinar o momento com lembranças de mais cedo naquela noite. Então ele se conformou em sussurrar seu amor no ouvido dela, segurando o corpo dela contra ele e acariciando cada pedaço exposto da pele dela que ele podia alcançar.

Logo ela caiu no sono, sua respiração ficou regular e seu rosto sem preocupações, mas ele ficou lá por algum tempo acordado, simplesmente segurando ela, e se lembrando do fato de que ela estava lá, segura, e nos seus braços. Mesmo assim isso não afastou o medo que restou, que um dia Lex poderia tentar novamente. Oliver estaria preparado; ele a protegeria da forma que fosse necessária.

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6 comentários:

  1. Adorei!Simplesmente adorei!
    Acho que nunca li uma fic tão devagar, não queria que acabasse.

    Lex de volta!Uau!Lex bad, como tem que ser!

    Ollie preocupado com Chloe, lindo demais!

    Tadinha da Chloe!Como sofre minha amiga, até nas fics...hahaha

    Adorei o fim, foi hot!!

    Ótima escolha Nathalia!

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  2. Nossa, que fic PERFEITA! Não vi o tempo passar, quando me dei conta, já havia acabado =(
    E o Lex? OMG, primeira vez que sinto raiva do Lex #)
    Nossa, foi hot, mas também super româtica
    AMEI!

    Mônica/Shann

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  3. uauuuuuu

    aaaluuucinante

    gaguejei,

    reclamei de uma outra fic super adolescente, agora essa foi hardrock total kkk

    a volta do Lex sensacional!!!

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  4. UAU, muito bom Nath!!!!! Já tinha lido em inglês e a tradução ficou PERFEITA!!!! Ai ai e eu, ainda chegará minha hora de tarduzir nc-17 tbm...^^

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  5. Me abanaaaaa!!!!!!!!!!!!

    Que fic maravilhosa!!!! Lex mau!!!! Oliver preocupado e apaixonado!!!! E as cena Chlollie Hot???? (ainda abanando).

    Li devagar e fiquei triste quando terminou. Já entrou no rol das minhas favoritas.

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  6. há! Essa fic é incrível, simplesmente incrível. e foi uma das suas melhores traduções Nathalia, sério :D

    Que saudade de postar aqui, mas infelizmente vai demorar mais um pouquinho.

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