A Better Place 11/17

Titulo: A Better Place

Autora: Roberta Clemente

Classificação: NC -17

Nota: Essa fic tem como base Roulette, com final alternativo. O nome da fic é uma musica da banda VAST

Resumo: E se antes de Oliver entender que Chloe salvou o herói, o mito, o homem tivesse cometido um ultimo erro?

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11/17

De um modo diferente Oliver abriu os olhos. Sem pressa piscou algumas vezes enquanto tomava consciência de onde estava. As suas costas o som da chuva que ainda caia e mais parecia musica do lado de fora, a sua volta a luz fraca das primeiras horas da manhã que começava a iluminar o quarto e em seus braços ela.

Quente e macia Chloe dormia tranquilamente a sua frente, corpo engolido pelo seu, que honrou a promessa de aquecê-la durante a noite. Traçando um circulo com a ponta do nariz Oliver deu um beijo na nuca nua e sentiu a pele branca e sedosa arrepiar sob seus lábios enquanto seus pés mexiam instintivamente no sono.

Sorrindo com a reação dela Oliver percebeu sua postura protetora. As mãos de Chloe sumiam por debaixo do travesseiro e as suas as acompanhavam, entrelaçadas e aquecidas. Quando poderia imaginar que acordaria assim com Chloe? Nunca. Se tivessem lhe dito teria dado risada de quem fosse.

Mexendo os dedos suavemente, com certa habilidade os desatou dos dela e puxou a mão sem acordá-la. Só esperava conseguir fazer o mesmo com seu corpo. Ele e Chloe tinham se aninhado um ao outro de tal forma que seria quase impossível sair sem acordá-la.

Ela estava meio de bruços, o seu quadril e o dela estavam encaixados perfeitamente um no outro e a diferença de tamanho só serviu para que o corpo dela o acolhesse mais. As pernas dela estavam enroladas e presas as suas. Aquela cama era o melhor lugar do mundo, mas precisava sair.

Alcançando a coberta com o braço livre cobriu o corpo dos dois ao mesmo tempo que começou a se afastar. E não foi só ela quem sentiu a diferença de temperatura, textura se mexendo, seu corpo inteiro sentiu a perda do contato. Mal ele deixou o dela e cada parte sua pediu para voltar.

Mas fazendo um grande esforço levantou depois de ter certeza de que ela estaria quente na sua ausência. Pegou suas roupas espalhadas pelo chão e foi em direção a porta que só agora ele reparou que havia no quarto. Usou o banheiro rápido e em total silencio.

Quando voltou olhou mais uma vez para ela. O quarto já estava mais iluminado e o rosto dela era mais claro agora. Pôde ver seu semblante relaxado e soube que aquela era primeira vez que a via tranquila em muito tempo.

A noite passada foi tão inesperada. Bem talvez nem tanto, era bem verdade que depois da primeira vez quis de novo, quis ter Chloe de novo, mas a noite tinha tudo para terminar mal e no fim foi mais do que esperava. Por um segundo ou mais que isso, foi mais que sexo, que carne e ainda não sabia como classificar ou explicar. Era tudo muito novo.

Antes que sucumbisse a vontade de voltar para a cama e tocá-la de novo saiu em silencio fechando a porta atrás dele. Talvez ela lhe explicasse melhor o que tinha acontecido.

Um som abafado invadiu o sono de Chloe e sua mente precisou de alguns segundos para registrar que aquilo era um trovão. Abrindo os olhos ela percebeu que ainda chovia. O que só servia para deixar a cama mais gostosa, como há muito tempo não ficava.

Só que apesar de quente estava diferente. Levantando um pouco a cabeça do travesseiro sentiu que o que a envolvia agora era um cobertor e não o corpo de Oliver, que passou a noite inteira a sua volta. Estava sozinha na cama e olhando melhor sozinha no quarto.

Depois de sentar na cama Chloe franziu a testa forçando sua audição a procurar algum indicio de que Oliver ainda estivesse pelo menos na casa, mas nada, nenhum som vindo do banheiro ou do quarto que não fosse o da chuva.

Durante a noite acordou e imaginou por um segundo como seria de manhã, acordar com Oliver, mas afastou o pensamento bem rápido para não acabar perdendo o sono se preparando. Agora sabia que teria sido em vão. Não teria a chance de viver aquele momento constrangedor de acordar pela primeira vez juntos, ele havia lhes polpado o embaraço.

Ignorando o aperto no peito Chloe saiu debaixo da coberta e deixou a cama confortável. Pegando um robe preto que estava sobre uma cadeira próxima caminhou para o banheiro.

Olhar o próprio reflexo no espelho foi quase um susto. Por mais que seu cabelo estivesse uma bagunça e sua maquilagem a milhas de distancia se achou mais bonita que na noite anterior. Lois diria que ela brilhava a sexo se a visse agora.

Mas não era só isso. Claro que a noite de sono e o incrível sexo antes disso tinham contribuído para sua pele parecer tão lisa e viva, mas fato era que se sentia quase em paz consigo mesma. Nem mesmo acordar sozinha fez com que se arrependesse do que quis e fez.

Podiam tê-la como uma menina, mas era uma mulher crescida que tomava as próprias decisões desde que podia se lembrar. Dormir com Oliver não era motivo algum para surtar ou se explicar.

Bem, talvez só a parte em que o sexo virou algo a mais. Havia se perdido entre uma coisa e outra. Essa parte ainda era uma novidade.

Talvez Oliver possa explicar melhor para ela, isso se não estiver agora em seu jatinho particular a caminho de Metropoles ou mais longe.

Negando-se a refletir demais a ponto de começar a se sentir abandonada de novo saiu do quarto, precisava de café, imediatamente. No meio do caminho um pequeno som escapou da cozinha, fazendo Chloe congelar no lugar. Ainda era uma garota de cidade grande.

Entre a batida leve da porta da geladeira e um apito suave que reconhecia ser da sua cafeteira, um som de triunfo de Oliver a alcançou no meio do corredor. Quis não sorrir, mas não conseguiu, ele ainda estava ali, então caminhou o que faltava com um sorriso bobo no rosto.

Cautelosamente parou no canto, escondida pôde vê-lo se movimentar silenciosamente pela cozinha. Sem notá-la Oliver procurava alguma coisa entre os armários, o que ela viu em seguida que eram xícaras. O cheiro de café fresco era delicioso e salivou de vontade, mas esperou observando o que ele faria a seguir.

Mordendo o sorriso largo que sabia que tinha no rosto Chloe se encantou e seu peito se aqueceu com a visão. Sobre a mesa uma bandeja esperava com algumas torradas, frutas e queijo. Oliver estava vestindo suas roupas outra vez, mas tinha os cabelos habitualmente despenteados bagunçados, lembrando que há pouco tempo ele estava na cama, com ela.

-Hei – ela chama baixo para não assustá-lo. Ele vira ao som da sua voz e sorri brilhantemente, fazendo seu coração acelerar. Ele era lindo.

-Hei – Oliver responde depois de um segundo, depois de analisar a expressão dela. Ela conseguia ficar ainda mais linda de manhã. De cara limpa e relaxada. - Desculpe não estar lá quando acordou, mas tinha que fazer algumas ligações e prometi a Victor que faria bem cedo – ele explica encolhendo ligeiramente os ombros, não queria que ela pensasse que tinha fugido.

-Tudo bem – ela responde sinceramente, ainda rouca das horas maravilhosas de sono.

Assentindo Oliver desvia o olhar dela e balançando a cabeça olha em volta.

-Mas eu voltaria com o café para compensar ou me desculpar – ele diz enchendo a maior caneca que encontrou nos armários de café e oferece a ela com um sorriso cheio de charme.

Queria, na verdade precisava de café e era bom ter alguém fazendo pra ela só para variar, mas ao olhar mais uma vez para Oliver, seu sorriso cada vez mais largo escapou entre os dentes. Tentando não deixá-lo muito convencido olhou em volta enquanto se afastava do batente.

Em poucos passos venceu a distancia entre ela e a caneca. Tomando das mãos dele fez o contrário do que faria, que era esperado que fizesse. Deixou a caneca na mesa e olhando nos olhos dele parou a sua frente e ficou na ponta dos pés enrolando os braços em volta do pescoço dele.

-Bom dia! - ela sussurra antes de cobrir o sorriso dele com seus lábios.

Oliver não hesitou em responder ao beijo, envolvendo Chloe em seus braços, trazendo o corpo dela para mais perto do seu. Não saberia explicar a sensação, a onda elétrica que corria seu corpo com o contato.

Chloe deixa a boca dele dando pequenos beijos em volta, na linha bem marcada da mandíbula, no queixo forte, terminando com uma leve mordiscada na covinha, um dos inúmeros charmes dele.

-Bom dia! - ele murmura cheirando o pescoço dela deixando um beijo gentil. Sorrindo quando Chloe estremece.

-Você ainda tem alguma ligação para fazer? - ela pergunta de olhos fechados, inclinando mais a cabeça para o lado.

-Não. Por que? - Oliver pergunta deixando suas mãos vagarem pelo cinto do robe dela.

-Bem, por que ainda é muito cedo e essa chuva – ela para quando Oliver geme em sua orelha.

-Essa chuva – ele incentiva ao mesmo tempo que continua provocando, desfazendo o nó.

-Essa chuva – ela repete tentando juntar as palavras. - Faz minha cama ficar muito mais atraente.

-E quente – ele completa afastando a seda, engolindo seco quando percebe que ela está nua por baixo.

Ela respira fundo tentando não estremecer mais que o normal quando sente os dedos dele percorrerem sua pele quente. Eles passam devagar entre seus seios, brincam, provocam antes de continuar a descer.

-Quente, definitivamente – ela mal entende o que sai da sua boca. Os círculos que Oliver está fazendo em seu umbigo tem toda sua atenção. Ele estava brincando com ela, mas ela não deixaria que brincasse sozinho.

Usando toda força de vontade que ainda tinha deu um passo largo para trás, saindo do alcance das mãos grandes dele. Fechando o robe ela ergueu os ombros sorrindo.

-Pois bem. É lá que vou estar – ela pega a caneca de café antes desprezada e recebendo um sorriso de desafio dele dá outro passo para trás – Eu, e meu café. - ela olha para ele enquanto coloca a boca na borda da xícara.

-Chloe – o nome dela sai em tom de aviso.

-Você pode vir também – ela diz inocentemente antes dar as costas para sair. - Mas aconselho a pegar o que puder. Eu pretendo ficar muito tempo na cama.

Rindo Oliver a observa deixar a cozinha bebendo seu café. Não tinha duvida nenhuma de que a seguiria. Chloe era mais do que imaginou, estava encantado, atraído até a ultima fibra de seu corpo e sabia que mais cedo ou mais tarde... Apaixonado. Acabaria apaixonado por ela, se já não estivesse.

Mas seu peito apertou quando se lembrou da conversa que teve com Victor naquela manhã. Ele colocou apar do que acontecia em Metropoles. Sobre como tiveram que lidar com Lois e Tess.

De algum modo descobriram que Lois foi parar no futuro quando sumiu há alguns meses. Levando em conta as loucuras que já tinha visto e enfrentado na vida, viagem no tempo não seria suficiente para tirar seu sono, mas as informações que estavam guardadas na mente dela esse tempo todo sim.

Mas de tudo, entre ter a raça humana escravizada e perder tudo, incluindo a empresa que era de seus pais e até mesmo a vida como Arqueiro, saber que no futuro que Lois viu para eles Chloe e ele morriam juntos foi o que realmente o abalou.

Sabia que de alguma forma ela havia mudado seu destino quando deixou Metropoles, mas não lhe impediu de perder o chão por alguns minutos. De repente se viu em um dilema.

Seu tempo em Independence estava acabando, sabia que precisaria voltar. Mas se Chloe decidisse voltar estaria caminhando para o fim que Lois viu. A conhecia bem demais para pensar que conseguira se manter afastada quando soubesse que o mundo estava em perigo. E já não sabia mais se queria levá-la. A ideia de Chloe morrer era insuportável. Quase lhe tirava o ar.

Atravessando o corredor com uma bandeja nas mãos Oliver encontrou o robe dela no chão. Com alguma habilidade o pegou do chão e cheirou. O perfume suave dela na seda o confortou de um jeito que não entendeu bem o porque. Só aceitou, não questionou.

Entrou no quarto e se surpreendeu ao encontrar a cama vazia. Logo escutou o som do chuveiro ligado e sorriu para a porta entre aberta. Deixando a bandeja na cama andou calmamente até o banheiro e empurrou a porta.

Ele não era grande, na verdade pouco maior que seus braços abertos, então logo enxergou a silhueta dela atrás da cortina de plastico. Ela estava de costas, massageando suavemente os cabelos debaixo do jato d'água. Linda, mesmo que não pudesse ver seu rosto.

Se livrando rápido das próprias roupas Oliver puxou a cortina e entrou na banheira com ela. Não dando tempo para percebê-lo correu as mãos na cintura dela e encaixou suavemente seu corpo no dela. Chloe olhou para ele por cima do ombro por um instante antes de relaxar a cabeça em seu peito.

-Oi – ele tinha demorado

-Oi – ele respondeu dando um beijo na cabeça dela.

-Tudo bem? - ela pergunta preocupada quando percebe que ele a abraçou de um jeito diferente. Apertado como se há muito tempo não a tocasse.

-Huhum – era só o que ele podia responder sem assustá-la com suas preocupações e medos.

Precisaria de tempo para explicar a ela e agora tudo o que queria era tê-la em seus braços sem se preocupar com o resto.

-Ollie? - Chloe gira nos braços dele diante do silencio.

-Está tudo bem sidekick! - ele sorri segurando o rosto dela entre as mãos.

Os olhos dela eram lindas pedras verdes. Tão rápido quanto olhar para eles era esquecer tudo a volta. Deixando as mãos escorregarem até a curva perfeita entre a cintura e bunda dela Oliver apertou os dedos na carne molhada e escorregadia, se pressionando contra ela.

Chloe gemeu quando sentiu a ereção contra sua barriga. Queria saber o que estava escondido por de trás daquele abraço, mas a necessidade que cresceu em seu ventre foi maior. Seu corpo começou imediatamente a formigar e tudo o que ela queria era beijá-lo, mais contato.

Lendo o olhar dela Oliver se inclinou mordendo seu lábio inferior antes de beijá-la com força e urgência. Pegando as pernas dela a tirou do chão, Chloe rápido as envolveu em sua cintura. Ela se apertou contra ele enquanto Oliver se posicionava em sua entrada, precisava dela, estar dentro dela imediatamente.

-Oh, Deus! - Chloe deixa a cabeça cair para trás. Ficou pronta rapidamente e Oliver deslisou para dentro dela, preenchendo seus espaços, enchendo de prazer e sentido. Podia não saber explicar o que estava sentindo nos últimos dias ou horas, mas sabia, tinha toda a certeza de que aquilo era certo.

Chloe era tão quente e apertada, mas o envolvia e aceitava perfeitamente a cada movimento. Por um segundo pensou que talvez seus corpos tivessem sido feitos um para o outro. Sem pressa agora, mas não com menos urgência Oliver ofegou na garganta dela a cada investida. Queria sentir tudo. Os braços dela moldados aos seus. Os seios apertados contra seu peito, até onde seu corpo se perdia dentro do dela. Não queria perder nada.

CONTINUA...

PS: Sei que me odeiam pela demora. Peço desculpas. Prometo não demorar para postar já que agora estou perto do final...Então, sei lá, comentem =D